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Música

Relembre quatro discos clássicos do Ira!, que se prepara para gravar seu mais novo DVD ao vivo

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Ira!
Edgard Scandurra e Nasi

É difícil imaginar como seria o rock brasileiro sem o Ira!. Além de terem sido um dos mais importantes nomes da geração dos anos 80, a banda se mostrou extremamente influente, especialmente por sua capacidade de fazer uma ponte entre o mainstream e o underground. O grupo legou uma discografia ampla e alguns de seus álbuns hoje são merecidamente tidos como clássicos.

Depois de um melancólico final em 2007, os dois fundadores da banda voltaram a se reunir em 2014. O vocalista Nasi e o guitarrista e principal compositor Edgard Scandurra voltaram à estrada com novos músicos de apoio em uma série de shows.

Desde o ano passado, os dois, mais o filho de Edgard, Daniel, estão rodando o Brasil com o projeto “Ira! Folk”, onde apresentam versões intimistas de sucessos e faixas mais obscuras da banda.

Os três estão se preparando para registrar esse espetáculo em DVD. A gravação acontece no dia 11 de março em São Paulo no Citibank Hall (Av. das Nações Unidas, 17955) e os ingressos já estão à venda.

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Aproveitamos esse momento para relembrar alguns dos discos mais importantes da banda que já tem mais de três décadas de estrada e junto mostrar alguns vídeos raros registrados na época em que eles foram lançados. Confira!

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Mudança de Comportamento – 1985

Ira!
Mudança De Comportamento

O primeiro álbum da banda foi lançado em um ano crucial para a cultura jovem brasileira. Em uma época marcada pelo fim do regime militar, o primeiro Rock In Rio e a chegada de mais uma leva de grandes discos de estreia, RPM, Ultraje a Rigor e Legião Urbana também soltaram seus álbuns inaugurais em 1985, o Ira! chegou com trabalho que pode não ter estourado, mas os tornou conhecidos do grande público.

O disco mostrava as razões pelas quais eles eram uma das bandas favoritas da crítica, principalmente a paulistana.

O quarteto mostrava um som que sabia ser raivoso, mas também romântico, pop e até experimental e que mostravam o talento de Edgard Scandurra para compor. O guitarrista também se mostrava um dos primeiros guitar heroes da geração 80, algo que nem a produção não muito adequada (junto com a decisão dele de usar uma guitarra nacional nas gravações) conseguia esconder.

O grande hit do álbum foi “Núcleo Base“, ainda hoje a música que costuma encerrar os shows, mas daqui também saíram “Tolices“, “Longe de Tudo” e “Ninguém Entende Um Mod!“, com o grupo se alinhando ao lado de bandas como o The Who e o The Jam – uma das maiores influências deles nesses primeiros anos.

Veja a banda tocando “Núcleo Base” no programa Mixto Quente exibido pela Rede Globo no verão de 1986


Vivendo E Não Aprendendo – 1986

Ira!
Vivendo e Não Aprendendo

O segundo álbum da banda fez com que ela se tornasse de fato popular em todo o país. Lançado em outro ano especial para o nosso rock, o grupo entregou um do grandes álbuns do BRock. “Envelheço na Cidade“, “Dias de Luta” e “Flores em Você” (essa usada como tema de abertura da novela global “O Outro”), foram os hits, enquanto “Quinze Anos” e “Vitrine Viva” se tornaram favoritas dos fãs.

A banda também regravou “Pobre Paulista” e “Gritos Na Multidão“, as faixas de seu primeiro compacto de 1983. Essas versões, ambas ao vivo, se tornaram as definitivas dessas músicas.

Veja trecho de um show da turnê do álbum registrado em julho de 1987 no festival Alternativa Nativa no Rio de Janeiro:


Psicoacústica – 1988

Ira!
Psicoacústica

Hoje considerado o grande clássico do então quarteto, “Psicoacústica” não foi muito bem compreendido pelo público, e mesmo a crítica, quando saiu.

Mas é aqui que a banda atinge sua plenitude alterando psicodelia, rock pesado, experimentos com rap e reggae em suas oito faixas que forma um belo conjunto e que tem em “Rubro Zorro” sua grande obra-prima.

O álbum acabaria sendo um dos mais influentes para as gerações seguintes do rock brasileiro – Chico Science era fã declarado do disco.

Veja um dos shows da turnê:


Isso É Amor – 1999

Ira!
Isso É Amor

Os anos 90 não foram dos melhores para a banda, que viu tanto sua popularidade quanto prestígio junto à crítica diminuir consideravelmente. Ainda assim, uma garimpada em álbuns como “Clandestino” (1990), “Meninos da Rua Paulo” (1992) ou “7” (1996) mostra que ainda havia uma chama queimando ali.

A redenção acabou vindo de forma até inesperada, com um álbum de covers – muitos deles de artistas que gozaram de momentos pontuais de grande popularidade – os casos de Ronnie Von, Dalto ou Ritchie.

O grupo também homenageou colegas de geração – Lobão, Legião Urbana, Gang 90 – e até a eles mesmos, ao regravarem “Mudança de Comportamento” e “Abraços E Brigas” que Scandurra havia gravado em 1989 em “Amigos Invisíveis“, seu primeiro, e excelente, disco solo.

O maior hit ainda assim acabou sendo de uma canção relativamente recente e obscura. “Bebendo Vinho” do “punk-brega” (e ex-vocalista dos Replicantes) Wander Wildner.

Veja um especial da MTV com o show de lançamento do disco


O Ira! manteria a boa fase com um álbum ao vivo, lançado em 2000 e outro de estúdio “Entre Seus Rins” (2001). A volta definitiva ao mainstream se daria em 2004 com um dos últimos Acústicos da MTV brasileira. Em 2007 sairia o derradeiro disco de estúdio, o irregular “Invisível DJ” até que uma série de desentendimentos entre os integrantes acabou por levar o grupo ao seu final.

Sete anos depois Nasi e Edgard Scandurra fizeram as pazes e voltaram a excursionar, agora sem o baixista Ricardo Gaspa e o baterista André Jung que estavam na banda desde o primeiro álbum. O DVD que será gravado em São Paulo no próximo dia 11 será o primeiro registro oficial do grupo desde o seu retorno.

Fonte: Vagalume

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