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“É gratificante”, diz desenhista brasileira de “As Meninas Superpoderosas”

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    "É gratificante", diz desenhista brasileira de "As Meninas Superpoderosas"

Lindinha, Florzinha e Docinho voltam em novas aventuras de “As Meninas Superpoderosas”, que reestreia nesta segunda-feira (4) no Cartoon Network. Por trás das garotinhas de força sobre-humana, quem voam a uma velocidade impressionante e são capazes de destruir vilões monstruosos com raios disparados de seus olhos, está uma brasileira precisa apenas de lápis, borracha e muita criatividade para usar o seu “superpoder”. Há 10 anos nos Estados Unidos, a desenhista mineira Letícia Abreu (32) comemora a façanha de integrar a equipe de criação do desenho.

Formada em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Letícia prestava serviços à gigante Dreamworks, na série “As Aventuras do Gato de Botas”, quando enviou seu material aos diretores da série após saber por uma amiga, que trabalha no Cartoon, que havia o interesse do canal de ter uma profissional capaz de unir as habilidades de desenhar e contar histórias.

“Eu mandei meu portfólio e os diretores Nick Jennings e Bob Boyle gostaram do meu trabalho. Depois de um mês como freelancer, eles me chamaram para eu trabalhar na serie efetivamente. O principal motivo de eu querer trabalhar na Cartoon Network é a liberdade criativa que o estúdio possibilita para os artistas de storyboard”, diz ela, que salienta a vantagem de poder trabalhar também como roteirista.  “Em outros estúdios, quem faz o roteiro é apenas o roteirista, já aqui o roteiro final é uma colaboração dos diretores, escritores e artistas de storyboard”, conta.

O encanto pelas “Meninas Superpoderosas” – especialmente pela ingênua e teimosa Lindinha – vem de recordações tão antigas quanto as melhores lembranças da escola, quando Letícia enlouquecia suas professoras por rabiscar no caderno personagens que antes de aparecerem no papel já existiam em sua imaginação. O segredo do sucesso do desenho, ela acredita, está no senso de humor que faz parte do DNA das três heroínas desde que a série foi criada e que deverá ficar ainda mais evidente nesta nova temporada.

“Essa série, originalmente, foi muito influenciada pelas séries de animação japonesas como é possível ver pelas cenas de ação. Mas o que mais cativa os fãs das ‘Meninas Super Poderosas’ é o tom de comédia. Por isso, por ser uma serie de comédia com vários elementos de ação, é que faz com que ela seja tão popular até hoje”, avalia.

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Inspiração em Steven Spielberg

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O trabalho de dar vida às histórias de “As Meninas Poderosas” exige muito mais do que talento. Para dar conta da missão, que é concluída após várias etapas e muitas reuniões, a desenhista tem a ajuda do parceiro de storyboard Jaydeep Hasrajani.

“Depois de desenhar quadro a quadro de  todo o episódio, nós apresentamos para toda a  equipe. Depois disso, temos uma reunião com nossos diretores e escritores, para avaliar o nosso trabalho visando um aprimoramento da estória para o episódio.  É um trabalho que exige muito, tem que ser muito criativo e ter agilidade”, afirma. “Quando eu e meu parceiro recebemos a premissa para um episódio, pensamos em filmes e estilos cinematográficos para incorporar visualmente na estória a ser contada. A gente busca muita referência em diretores consagrados que ambos gostamos e respeitamos na indústria, como Steven Spielberg, David Linch e outros”, conta.

Todo esforço é recompensado pela liberdade que Letícia diz ter em todo o processo de criação: “Temos muita liberdade para criar e improvisar com os personagens. Nesse sentido estar na equipe das ‘Meninas Superpoderosas’ é muito gratificante para mim, pois  é um dos trabalhos mais criativos que já tive oportunidade de realizar  na minha vida”.

Meninas ainda mais poderosas e com novo visual

No retorno das três garotinhas perfeitas, que não vão para cama sem antes salvarem a cidade de Townsville, prepare-se para encontrar as mesmas heroínas do canal Cartoon Network, com a diferença de que elas estão ainda mais poderosas (sim, acredite! Agora, elas poderão evocar auras de acordo com suas personalidades. Por exemplo, Lindinha, que adora animais, poderá evocar uma aura de um bichinho na luta contra o mal) e com um visual atualizado – seus contornos foram suavizados e os raios coloridos estão mais marcados no novo design gráfico.

Apesar de algumas inovações no desenho, no qual as meninas não conheciam o celular quando foram lançadas e precisavam ligar para o prefeito sempre de um aparelho fixo, a diretora sênior de conteúdo Daniela Vieira, do Cartoon, defende que a produção de novos episódios não se dá porque as personagens teriam ficado defasadas aos novos tempos.

“É o efeito Tom e Jerry, que não fica defasado nunca. Elas não ficaram defasadas e o DNA delas é o mesmo, mas para falar de igual para igual com essa nova geração, precisávamos mudar a forma de como contar a história, o desenho, os elementos. A carinha do telefone é a mesma, mas agora é um celular e não mais sem fio”, afirmou Daniela em entrevista ao Popzone. “Nesta nova fase, os poderes estão mais marcados: a visão de calor da Docinho, assim como a força da Lindinha, vão aparecer mais, por exemplo”, completou.

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