O corpo de Hildemar Diniz, o Monarco, foi velado na manhã deste domingo (12) na quadra da Portela. O presidente de honra da escola de samba carioca morreu no sábado (11), aos 88 anos, mas a causa ainda não foi revelada pela família. Na cerimônia que antecedeu o enterro, diversos artistas passaram no local para se despedir do sambista.
“Monarco era um gênio, um grande brasileiro. Um cara que soube expressar os valores da cultura popular com a sabedoria única. Era uma pessoa gentil, generosa, que dividia o saber dele, o conhecimento dele com as pessoas com muita responsabilidade. O exemplo dele fica para toda a família portelense e a responsabilidade de manter o legado dele, a grande obra que ele deixou, as grandes canções que vão ser sempre cantadas por muitas vozes nesse mundo”, disse a cantora Marisa Monte em entrevista ao G1.
Paulinho da Viola também passou pela quadra da Portela para se despedir de seu amigo. “O Monarco é a história. Era a voz de um tempo também que não temos mais (…) Ele sempre esteve presente aqui, quando muitos não estão mais e outros não comparecem”, disse ao portal de notícias da Globo.
Diogo Nogueira não conteve as lágrimas ao abraçar dona Olinda, viúva de Monarco, ao lado do caixão do sambista durante o velório.
“Nosso papel hoje para esse legado, essa história se manter viva, acesa, é continuar cantando a obra desse grande compositor, desse grande homem, de um coração imenso, que sempre agregou, sempre valorizou jovens compositores (…) A memória dele continua viva através de suas canções e melodias, da sua generosidade e da sua elegância. Ele é a própria Portela”, comentou o namorado de Paolla Oliveira.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também foi à cerimônia. Ele chegou no início da tarde e prestou suas homenagens ao sambista. “O Monarco deixou um legado imenso para todos nós que amamos o samba e a Portela”, disse.
A história de Monarco faz parte da história da música brasileira. Ele integrava a mais nobre linhagem da majestade do samba, ritmo que escolheu para sua vida ainda na década de 1940, quando o estilo ainda era marginalizado.
Monarco foi o mais antigo representante da Velha Guarda da Portela, e compôs diversas canções que entraram para a história do samba, e foram gravados por artistas de peso, como Beth Carvalho, Paulinho da Viola, Martinho da Vila e Zeca Pagodinho.
Via – Clique Aqui