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Giovanna Antonelli beija seu marido, Leonardo Nogueira, diretor artístico da novela “Sol Nascente”
Há menos de seis meses, Giovanna Antonelli ainda estava no ar em “A Regra do Jogo” vivendo a perua vilã Atena. Nesta segunda-feira (29), ela volta à TV para viver a protagonista de “Sol Nascente”, Alice, filha adotiva de Tanaka (Luis Melo) o patriarca do núcleo japonês na novela das seis. Além de reencontrar o autor Walter Negrão, já que sua primeira novela foi “Tropicaliente’ (1994), a atriz é dirigida pelo marido, Leonardo Nogueira, que se rasga de elogios a ela como profissional e garante que, apesar do curto intervalo entre uma novela e outra, o telespectador não está cansado da imagem da atriz.
“Isso não existe. Cansa a imagem de quem não consegue compor um outro personagem. No caso dela, é impossível cansar. Quando a pessoa tem talento, ela se reinventa”, disse ele durante o lançamento da novela na quinta-feira (25) nos estúdios Globo.
Reprodução/Instagram

O diretor comemora por poder trabalhar no mesmo projeto que a mulher e diz que não fica 24 horas com ela, já que, além de dirigir outros atores, também bate ponto na ilha de edição.
“A Giovanna é um espetáculo de pessoa, de profissional, de atriz. Ela tem todos os méritos como atriz, não tenho adjetivo para qualificá-la. Acho ela uma das maiores atrizes do mundo. Se soltasse ela lá fora…”, reflete o diretor. “Para quem é do meio, a inteligência cênica dela realmente é fora da curva”, completa.
Antonelli confirma que o casal tem mesmo sintonia profissional e está sonhando com o momento que os dois poderão tirar férias juntos. “Nestes sete anos que a gente está casado, a gente dribla o tempo para poder se encontrar. Estou sempre trabalhando, e ele também. A gente se entrosa muito bem no trabalho. A gente tem essa questão do respeito e admiração no trabalho, é muito gostoso trabalhar junto”, conta ela, que é mãe de Pietro, do relacionamento com Murilo Benício, e das gêmeas Sofia e Antônia com Leonardo.
“Somos uma família normal, às vezes gravamos até 4 horas da manhã, mas não é sempre. É como um executivo, que tem que ficar entre Rio e São Paulo, por exemplo. Quando estamos com as crianças, damos uma atenção gigante para elas”, explica Leonardo.
Aos 40 anos, Giovanna aparenta ser uma mulher bem resolvida e tem disposição de sobra para trabalhar. Além de atriz, ela é empresária, sócia de um restaurante com Reynaldo Gianechhini e empresta seu nome para uma linha de esmaltes. Fora isso, ela ainda dedica seu tempo livre para a família.
“Não tenho tempo para ter crise ainda, enquanto isso me ocupo bastante. A Giovanna hoje não mudou nada da de 15, nem na de 20. Sou a mesma pessoa sempre, com meu jeito de sempre. Só estou mais calejada como uma pessoa que já tombou muito e aprender a se levantar. Então está tudo certo”, conta.
Alice, sua personagem, é uma mulher racional e objetiva. Giovanna até se identifica com algumas características dela, mas, na própria entrevista, a atriz prova que está bem longe de ser uma mulher contida como a que interpreta.
“Hoje com 40 anos sou uma pessoa muito mais racional porque acabei aprendendo a ser assim, com tudo o que já apanhei e tal, mas sou pisciana, então eu tenho um lado de emoção muito forte, um canal aberto com a sensibilidade, as emoções”, conta ela enquanto gesticula, dá risadas e fala alto.
Reprodução/Instagram/brunogagliasso

Na onda da boa audiência
A boa audiência de “Êta Mundo Bom”, que alcançou o melhor número da faixa desde “O Profeta” (2006) é motivo de comemoração para Leonardo, que espera continuar agradando o público do horário.
“É infinitamente melhor você tocar o seu projeto quando recebe bem do que você pegar um negócio lá embaixo para ter que subir. Isso é o que a gente torce para todos os programas da TV Globo, um passando a bola bem para o outro. Só tenho a agradecer ao Jorginho [Fernando, diretor de ‘Êta Mundo Bom’].”
Nem estreou, e a novela já tem polêmica em sua escalação. No núcleo japonês, são poucos os atores orientais. Mas Nogueira defende a escalação de Luis Melo para viver o patriarca japonês e reforça que a intenção é homenagear as famílias japonesas.
“No caso do Luis, ele tem um traço ocidental, ele é neto de norte-americano. Quem assistir ao primeiro e segundo capítulo, vai ver, está explicado. A gente não está aqui para questionar, para fazer um documentário sobre as famílias japonesas. A gente está fazendo a novela focada na amizade e numa história de amor. Foi uma homenagem que o Negrão quis prestar as duas maiores colônias que a gente tem aqui,” explica o diretor, referindo-se também à colônia italiana, que também estará na trama, em núcleo menos polêmico.
“A gente tem seis atores orientais, a novela é longa, a gente vai continuar convidando atores japoneses, mas a gente está fazendo a novela, temos um público, e o foco é um folhetim”, conclui.
“Sol Nascente”, de Walther Negrão, Júlio Fischer e Suzana Pires, se passa na fictícia Arraial do Sol Nascente e focará na amizade entre as famílias italiana e japonesa e no romance entre Mario (Bruno Gagliasso) e Alice.
No elenco estão: Francisco Cuoco, Aracy Balabanian, Letícia Spiller, Marcello Novaes, Laura Cardoso, Rafael Cardoso, dentre outros.