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OpiniãoTeatro

Corre que ainda dá tempo de ver “Satã, Um Show Para Madame” no Rio!

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Leandro Melo no cartaz de Satã, Um Show Para Madame, em cartaz no Sesc Tijuca
Leandro Melo no cartaz de Satã, Um Show Para Madame, em cartaz no Sesc Tijuca

Conheço o ator, cantor e bailarino Leandro Melo há alguns anos. Desde que o assisti pela primeira vez no espetáculo Dzi Croquettes, em 2012, me encantei com sua voz poderosa e forte presença cênica. Impossível passar incólume a sua figura um tanto andrógina, seu andar felino e seu inspiradíssimo timing de humor. Pois agora, pela primeira vez em muito tempo, Leandro abre mão de seu glamour habitual no monólogo “Satã, um Show Para Madame” em cartaz até dia 29 de novembro no Sesc Tijuca, Rio. O cenário um tanto sombrio, o figurino esfarrapado e a dramática iluminação mostram o clima duro que permeou a vida de João Francisco dos Santos, o lendário Madame Satã.

De origem muito pobre, Madame Satã foi trocado em sua infância por uma égua. Veio pro Rio (nasceu no sertão nordestino) e foi a luta com apenas 13 após se livrar de uma vida de quase escravidão. Pobre e analfabeto ele teve de lutar muito para ganhar o respeito alheio. Negro e homossexual numa época em que isso era quase um crime, João queria ser artista. Fazia shows na Lapa, no Rio, mas frequentemente era discriminado e nem queria saber. Batia mesmo. Por isso foi alvo de diversos processos e passou quase 30 dos seus 76 anos na cadeia.

Leandro mostra no espetáculo essa faceta mais sombria, sofrida e desglamourizada de Madame. Vindo de trabalhos exuberantes nos Dzi Croquettes (onde era anunciado como ‘a voz do Brasil’) e no musical Elis, onde viveu o coreógrafo dos Dzi Lennie Dale, Leandro se despe da exuberância habitual e, de forma densa, mostra uma visão realista da vida de Madame Satã. “Acho importante mostrar um trabalho diferente pro público, sair da zona de conforto. É muito fácil ficar rotulado, aqui, mostro que posso também fazer trabalhos em que o glamour está em segundo plano.”

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O resultado é muito interessante. Corre que ainda dá tempo pra ver Satã, Um Show Para Madame”! Aqui segue o serviço da peça

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Sex a dom, 20h. R$ 20 (ou R$ 5 para sócios do Sesc). 70 min.
Até 29 de novembro. Sesc Tijuca – Rua Barão de Mesquita, 539. Tel: 3238-2139

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