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Madureira critica classe artística por falta de opinião em tempos de crise

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Madureira critica classe artística por falta de opinião em tempos de crise

Madureira critica classe artística por falta de opinião em tempos de crise

Ex-integrante do “Casseta e Planeta”, da Globo, Marcelo Madureira falou sobre política e o futuro do humor na televisão aberta durante entrevista ao programa “Mulheres”, da TV Gazeta. Sem citar nomes, o comediante criticou ainda a classe artística devido à falta de opinião em tempos de crise no Brasil.

“O que eu lamento hoje são os artistas não falarem nada, da situação que o Brasil está vivendo. O Brasil está no buraco e os artistas, talvez, muitos deles comprometidos com o governo, não vêm [a público] e dão a sua opinião –pode ser até a favor, defender o governo”, criticou Madureira. “Eu, por exemplo, sou contra o governo, contra o PT, contra a Dilma e acho que o Lula devia estar na cadeia. E acho que grande parte dos brasileiros concorda comigo. Tendo emprego ou não, o papel do artista é ficar cutucando a sociedade. Sou do tempo em que artista era preso, torturado, banido, exilado. Opinião é uma coisa que não se negocia. Inclusive você pode mudar. Eu já fui comunista, já fui do Partido Comunista Brasileiro, e não me arrependo. Ganhei muitos amigos, mas hoje não sou mais. A vida é um processo [de transformação]”, completou o comediante.

Madureira compôs a equipe do “Casseta e Planeta”, da Globo, entre 1992 e 2012, ano em que o programa deixou a grade da emissora definitivamente. “A TV é uma concessão pública. Então, os governos fazem muita pressão sobre as redes, em função do conteúdo. Os anunciantes também fazem pressão.Uma pesquisa em 2004 mostrou que nós éramos os artistas mais influentes do show business brasileiro. Eu acho que isso causou um impacto muito grande, que nós mesmos não esperávamos isso. Então, todos queriam compartilhar desse poder que a gente tinha”, disse.

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“Aí vieram os departamentos comercial, jurídico, todo mundo queria botar um pouco a colher no programa para dizer que ‘eu cortei um quadro do ‘Casseta”. “Ah, não pode fazer piadas com programas de outras estações, não pode fazer com comerciais’. Mas ninguém assinava no papel. A gente começa a ter restrições. Agora, recentemente, mudou a direção da empresa: é o Carlos Henrique Schroeder. Ele está tentando mudar para melhor, mas ainda encontra dificuldades. Esse programa do Adnet [Tá no Ar]. Era tudo o que a gente queria fazer e não deixavam”, completou o humorista.

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Madureira falou ainda sobre o futuro do humor na TV aberta, e arriscou ao palpitar que não irá demorar para acabar  com os programas do gênero. “O que eu vejo, atualmente, é que tem um humor muito adolescente: a piada não é ela em si, está no palavrão. Eu acho isso muito pobre. Mas, paciência, se as pessoas estão rindo disso. Eu acho que a tendência, que não vai demorar muito para a televisão aberta acabar [com o humor]”, preveu.

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