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Cinema

Foi um desafio improvisar em inglês, diz Santoro sobre atuar com Will Smith

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Profissional com mais de 20 anos de carreira, Rodrigo Santoro chegava ao set de “Golpe Duplo” com o texto devidamente decorado para descobrir que contracenar com Will Smith exige mais jogo de cintura do que se pensa. Estrelismo por parte do astro? Nada disso. Comediante nato, o ator americano gosta mesmo é de improvisar. E aí, a cena se transforma na hora, garante o brasileiro, sobre o filme que estreia no Brasil nesta quinta (12).

“Foi um desafio improvisar em inglês. Os diretores incentivavam também, sabiam o que queriam da cena, e estavam abertos à colaboração. Tinha uma sequência que terminaria na fala tal, mas ele continuava, e comecei a me engraçar também. Não sei exatamente o que ficou no filme, mas foi um exercício bom, prazeroso. Eu ia feliz pro trabalho”, conta Santoro, durante rápida visita ao Brasil meio a seus trabalhos internacionais.

Na pele de Garriga, dono de uma equipe de automobilismo, o ator repete a parceria com os cineastas Glenn Ficarra e John Requa, com quem trabalhou em “O Golpista do Ano”. Na trama, seu personagem contrata Nicky (Will Smith), um golpista notável, para driblar os rivais e se tornar invencível nas pistas. No entanto, a relação entre os dois se complica graças à presença da bela Jess (Margot Robbie) entre eles.

Se na tela a relação é de rivalidade, a parceria no set foi fundamental, conta o brasileiro. “Mesmo nas tomadas em que Will não aparecia, ele estava o tempo todo comigo, presente, me provocando no bom sentido, tentando me ajudar. Foi inspirador. Ele é contagiante, meio onipresente, fala com todo mundo. Ele gosta muito do que faz, isso fica muito claro”, completa ele, que rodou suas cenas em Buenos Aires.

 

Versatilidade no currículo 

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Embora o romance tenha bastante espaço em “Golpe Duplo”, o filme aposta nas muitas reviravoltas do roteiro para se firmar num gênero bem específico, chamado em inglês de “heist movie” –em que o planejamento de um crime, geralmente um roubo, é o grande foco da história. Mas o papel do empresário desonesto não poderia ser mais diferente do mais recente trabalho de Santoro: atualmente o ator está na Itália para rodar sua participação num épico, o remake de “Ben-Hur”, dirigido pelo russo Timur Bekmambetov. Na nova versão, o ator vive ninguém menos que Jesus Cristo, que aparece em visões para o protagonista, traído e tornado escravo.

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“A história não é sobre Jesus Cristo, quem viu o clássico sabe que ele pontua a trama. Mas é um personagem tão forte que, se eu tiver a oportunidade de vivenciar um pouquinho da trajetória dele, de experimentar um pouco isso, acho que vou aprender muito. Vai ser um ganho pessoal muito grande. E isso já me atrai”, afirmou o ator ao UOL, ainda durante a fase de negociação para assumir o papel.

Em um ano em que o brasileiro lança ainda o faroeste “Jane Got a Gun”, chama a atenção a versatilidade do ator, que mergulha de cabeça em projetos totalmente distintos. No western, com Natalie Portman e Ewan McGregor no elenco, ele dá vida ao vilão Fitchum.

Mas esse é um caminho que Santoro percorre, com tranquilidade, desde o início da carreira. Alçado ao posto de galã ainda em suas primeiras novelas da Globo, o ator logo passou a aceitar propostas diferentes no cinema, como o Wilson de “Bicho de Sete Cabeças” e a Lady Di de “Carandiru”.

Se na produção nacional sua filmografia pende mais para o drama, no exterior, ele joga nas onze. Quem não se lembra de sua estreia numa produção internacional, na famigerada ponta sem fala no pop “As Panteras: Detonando” (2003)? Ou do grande blockbuster de sua carreira lá fora, “300”, inspirado na graphic novel homônima, em que aparecia irreconhecível como o deus-rei Xerxes?

Dentro desse mar de possibilidades, ainda cabem filmes tão díspares como as comédias românticas “Simplesmente Amor” e “O que Esperar quando Você Está Esperando”, em que fez par com Jennifer Lopez,  e o filme de ação “O Último Desafio”, em que atuou com o exterminador Arnold Schwarzenegger.

O brasileiro jura que tamanha diversidade não é algo planejado. Tem a ver, claro, com as oportunidades que acabam chegando, ele admite, mas também com uma certa intuição antes de dizer sim a determinado projeto. “Às vezes leio uma coisa que não bate, e não me sinto estimulado. Mas não tem uma fórmula”, garante ele, acrescentando que percorrer caminhos tão diferentes ajuda a torná-lo um intérprete melhor.

“Vou me alimentando daquilo e quebrando preconceitos. Quando chego e me aproximo pra pesquisar um personagem, não posso julgá-lo. Assim que é enriquecedor”, afirma ele, que este ano se dedica ainda à TV, com a série “Westworld”, ao lado de astros como Anthony Hopkins e Ed Harris.

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