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Cinema

Premiado em Gramado, longa “Tia Virgínia”, dirigido por Fabio Meira, ganha trailer, novo cartaz e data de estreia

Premiado em Gramado, longa "Tia Virgínia", dirigido por Fabio Meira, ganha trailer, novo cartaz e data de estreia

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O longa “Tia Virgínia”, protagonizado por Vera Holtz, Arlete Salles e Louise Cardoso, e dirigido por Fabio Meira, acaba de divulgar trailer, novo cartaz e data de lançamento. Com estreia dia 9 de novembro, o filme levou os prêmios de Melhor Filme pelo Júri da Crítica, Melhor Atriz para Vera Holtz, Melhor Roteiro para Fabio Meira, Menção Honrosa do Júri para a atriz Vera Valdez, Melhor Direção de Arte para Ana Mara Abreu e Melhor Desenho de Som para Ruben Valdés, no 51º Festival de Gramado na mostra competitiva de longas-metragens brasileiros deste ano.

Vera Holtz dá vida à personagem título, uma mulher de 70 anos que nunca se casou nem teve filhos. Convencida pelas irmãs Vanda e Valquíria (vividas por Arlete Salles e Louise Cardoso), Virgínia mudou-se de cidade para cuidar da mãe idosa. A direção e o roteiro são do premiado Fabio Meira (“As Duas Irenes”), com produção da Roseira Filmes e da Kinossaurus (produtora de Ruy Guerra e de Janaina Diniz) e distribuição da Elo Studios. No elenco também estão Antonio Pitanga, Vera Valdez, Amanda Lyra, Daniela Fontan e Iuri Saraiva.

“‘Tia Virgínia’ descortina o lugar delicado e invisibilizado de tantas mulheres que tiveram suas vidas alteradas por uma ‘sentença’, de não terem se casado ou sido mães”, declara Fabio Meira. “Costumo dizer que ‘As duas Irenes’ nasceu de histórias que escutei da minha família, já ‘Tia Virgínia’ surge de histórias que vi de muito perto, sobre a relação da minha tia solteira, que cuidou dos meus avós no fim da vida, com minha mãe e as outras irmãs. É um filme sobre irmãs na maturidade, sobre afetos e rancores que não se transformam com o tempo. Precisamos falar sobre família e sobre essa geração de mulheres que atravessou diferentes faces da sociedade e tem se reinventado constantemente. As personagens foram construídas a partir das minhas próprias tias, mas também de inspirações de personagens clássicas do teatro e do cinema”
, complementa o diretor.

O filme se passa em um único dia, quando a família se encontra para celebrar o Natal após a morte do patriarca. “O filme fala da ruptura, da mudança do paradigma constrangedor de uma sociedade que não sabe lidar com o velho, eu acho que a Tia Virgínia inventa um caminho, vai em busca de um caminho dela para a velhice. Esta ruptura, a leva a sair deste lugar melancólico percorrer um novo caminho reinventar ou inventar, como a própria sociedade que está inventando a juventude como já inventou a velhice. Esse tema de família e de pertencimento me agrada bastante. O filme traz um acúmulo de histórias, de vivências dentro do núcleo familiar. A Virgínia, minha personagem, está bem estressada, chateada e arrependida de ter deixado de lado a vida que ela acha que poderia ter vivido. Com a chegada das irmãs, ela dá uma descompensada”, comenta a protagonista.

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