No irregular elenco de Amor à Vida, onde atores caricatos contracenam com atores de verdade, Bárbara Paz é um dos grandes destaques. Tenho simpatia pela atriz desde que ela venceu o primeiro reality show brasileiro, a Casa dos Artistas, em 2001, no SBT. Dali ela protagonizou algumas novelas na emissora, onde mostrou um especial apelo dramático. Após descansar sua imagem e posar pra Playboy num belíssimo ensaio clicado por Márcio Scavone, Paz voltou repaginada e finalmente teve uma grande chance na Globo ao viver a problemática Renata. em Viver a Vida (2010). Depois participou de Morde e Assopra e agora está sensacional na pele da angustiada Edith de Amor à Vida. Esse papel, cheio de nuances dramáticas com uma leve pitadinha de humor, é feito sob medida para Bárbara. Ela me faz lembrar de Renata Sorrah e seus papeis densos antes da divertidíssima Nazaré Tedesco de Senhora do Destino. Parece sempre estar a beira de um ataque de nervos. Bárbara seria uma inspirada Heleninha Roitman num remake de Vale Tudo. É uma grande atriz, assim como Renata. E amanhã terá uma cena pra deitar e rolar, quando Edith anuncia para a família que Félix é gay. Cena pra ver, rever e guardar na memória.
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