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Colírio Capricho, ator vendia capinhas de celular antes de “Dois Irmãos”

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Quem vê o desempenho de Bruno Anacleto como o jovem Halim não diz, mas ele nunca tinha atuado antes de entrar para o elenco de “Dois Irmãos”. Músico, o ator de 23 anos tinha desistido da carreira artística e administrava uma loja de capinhas de celulares em Rondônia antes de conseguir o papel na série da Globo.

“Meu lance era completamente a música, mas eu já estava bem distante desse mundo. Eu tinha voltado para minha casa em Porto Velho fazia quase três anos”, diz Anacleto em entrevista ao Popzone. Durante esse período, ele trabalhou em um banco e iniciou a faculdade de direito, enquanto mantinha o comércio. Foi o produtor de elenco Antonio Rocha que o achou na internet. “Tocou o telefone da loja e era a Globo. Demorou um tempo para me ligarem de volta. Achei até que era sacanagem”.

Não era. Em outubro de 2014, após uma série de testes, Anacleto começou uma intensa preparação para viver Halim, o jovem imigrante muçulmano que se apaixona perdidamente por Zana. Contra a vontade do libanês, o casal têm dois filhos, os gêmeos Omar e Yaqub, que se odeiam e dão o título de “Dois Irmãos”.

“Nunca tinha feito teatro, até achei que eles [atores e diretores] eram muito loucos”, confessa Anacleto ao lembrar que ficou três meses frequentando o ateliê do diretor Luiz Fernando Carvalho antes das gravações. “Tivemos aulas sobre cultura árabe, palestras com psicólogos, palestras sobre Manaus, aula de corpo, de expressão e de interpretação”.

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Em “Dois Irmãos”, o papel de Halim é dividido entre Anacleto, Antonio Calloni e Antonio Fagundes. “Não chegamos a contracenar porque são fases diferentes, mas ficamos muito juntos durante a preparação. A gente combinou algumas coisas, o jeito que ele ia beijar a Zana, mas a construção do personagem aconteceu de uma forma incrivelmente natural”, conta.

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O ator define Halim como “puro amor”. “O Luiz Fernando Carvalho falava que o Halim é o tempo. Ele faz referência à cidade de Manaus, que vai envelhecendo. Ele vai sofrendo, vivendo os problemas dessa família e se acabando. A cidade é a mesma coisa. Nos anos 20 era aquela coisa maravilhosa, da Belle Époque, depois chega a indústria. O livro deixa bem clara essa ligação”, diz Anacleto que afirma ter “revirado” a obra de Milton Hatoum em que a série é baseada.

Colírio Capricho e carreira musical

 

O primeiro contato de Anacleto com o meio artístico foi em 2010 quando ele foi um dos vencedores do Colírios Capricho, concurso promovido pela revista teen que buscava modelos adolescentes pelo Brasil.

Por conta dos compromissos profissionais, ele chegou a se mudar para São Paulo, onde conheceu o produtor Rick Bonadio. “Trabalhei com ele dois anos e cheguei a lançar uma música e um clipe. O mercado estava uma loucura e eu decidi voltar para Porto Velho”, conta.

Afastado da música, Anacleto disse que durante as gravações de “Dois Irmãos”, que terminaram em julho de 2015, resolveu voltar a escrever.

“Eu tenho em comum com o Halim a coisa de se entregar à paixão. Eu componho, faço músicas. Antes de começar a tocar violão, eu escrevia cartas e essas cartas viraram letras. Nisso a gente se assemelha”, diz.

O resultado da nova fase de inspiração é o EP “Sorte Minha”, lançado por Anacleto na última sexta-feira. Para o futuro, ele conta que pretende conciliar a carreira musical com mais trabalhos na TV e no cinema. “Já estou com sede de encarar outro personagem”, afirma.

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