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“Chorei quando Horner tocou no piano o tema de Titanic”, diz James Cameron

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O cineasta James Cameron, que trabalhou em três filmes com o compositor James Horner, que morreu nesta segunda (22) em em um acidente aéreo, relembrou sua relação profissional com o músico em um artigo publicado no site da revista “The Hollywood Reporter”.

No texto, Cameron diz que vinha pensando muito em Horner nos últimos tempos. Ele descreve o antigo amigo como um profissional dedicado, capaz de assistir 30 horas de filme para captar o sentimento da história e, assim, compor a melhor trilha sonora.

O diretor de “Titanic” também revela que chorou quando ouviu os primeiros rascunhos dos temas do filme, executados por Horner ao piano.

Veja abaixo os principais trechos do depoimento

“Nós só trabalhamos juntos três vezes, em três décadas diferentes. Em ‘Aliens’, “Titanic’ e ‘Avatar’. O conheci em “Mercenários das Galáxias”, que foi o meu primeiro filme em que recebi um salário (…) A música era absolutamente a melhor coisa do filme. Foi uma trilha totalmente orquestrada, não um efeite de sintetizador.”

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“Ele era a escolha óbia para ‘Aliens’, mas nós tivemos um início ruim. Era uma época na carreira dele em que ele estava trabalhando demais. Ele gravou a trilha toda em um dia e meio em Londres e foi embora. Acabamos tendo de editar a música nós mesmo. Ele recebeu uma indicação ao Oscar e agradeceu a mi depois, mas nós dois concordamos que aquela não era a melhor maneira de trabalhar.”

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Ele comprometeu-se totalmente com o ‘Titanic’. Ele arranjou tempo para assistir talvez 30 horas de filmagens para absorver o sentimento do filme.
Eu perguntei se ele poderia escrever algumas melodias (…) Eu dirigi até a casa dele e ele sentou-se ao piano e disse: ‘Eu vejo isso como o tema principal para o navio’. Ele tocou pela primeira vez e eu comecei a chorar. Depois ele tocou o tema de Rose e eu estava chorando de novo. Eles eram tão agridoces e emocionalmente ressonantes (…) Não importa como o filme acabou se saindo, e ninguém sabia como se sairía naquele ponto —poderia ter sido um desastre. Eu sabia que seria uma grande trilha sonora.”

Avatar foi, em alguns aspectos, o filme mais complicado. Ele não se presta a grandes temas, impossibilitando o caminho da trilha de Titanic. Ele fez um monte de pesquisas em etnomusicologia para encontrar sons diferentes. Ele fez muitas experimentação. A música é um pouco mais rica do que talvez as pessoas percebem. Quando você começa a estratificar todo o design sonoro e um pouco da textura da trilha,  fica perdido na mistura. Acabei por tendo de lutar pela trilha, como você costuma fazer. Os compositores sempre acham que a música deveria ser mais proeminente.

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