publicidade
Streaming

Ludmila Dayer estreia na direção com o filme autobiográfico “Eu”

Publicidade

Foi em meados de 2019 que Ludmila Dayer sentiu pela primeira vez os angustiantes sintomas de uma crise de pânico, o ponto de partida da jornada de reabilitação que viria a culminar no documentário “Eu”, a sua estreia na direção de longas-metragens. Disponível a partir do dia 29 de junho na recém-lançada aquarius, plataforma de streaming criada por Bruno Wainer (Downtown Filmes), o filme autobiográfico revela na primeira pessoa as batalhas enfrentadas e os aprendizados adquiridos por ela em sua busca por alívio e conforto.

“Dirigir e produzir ‘Eu’ foi a cura para a minha alma. Meu maior desafio foi construir uma história que falasse com todos, pois o filme não é sobre mim, mas sim sobre todos nós. É um abraço amigo, uma voz de esperança para aqueles que, em algum momento da vida, se sentiram sós e sem direção”, afirma a diretora.

A narração em off na voz de Ludmila – representada na pele por sua grande amiga Fernanda Souza – entremeia-se por depoimentos de especialistas renomados em suas áreas, incluindo o astrólogo Waldemar Falcão, a médica Sandra Regina, o neurocientista Diogo Lara, a psiquiatra Eleanor Luzes e a xamã Max Tóvar.

Os personagens todos exerceram papéis simbólicos no processo terapêutico da diretora, mas a temporada que passou no retiro comandado por Tóvar, em Varginha – onde é ambientada a maior parte do filme – foi o divisor de águas. Ali nasceu o embrião do documentário, cuja realização também foi imprescindível no percurso de autoconhecimento da protagonista.

“Eu tive contato com coisas muito profundas, ferramentas muito avançadas. Sempre fui uma pessoa muito fechada, muito reservada. Lidar com os meus problemas já era algo difícil, eu criava barreiras dentro de mim mesma. Foi lá que eu relaxei e realmente tive coragem de olhar as coisas de frente. Foi tão transformador e eu me senti com tanta sorte de ter tido acesso àquilo tudo que quis devolver às pessoas o conhecimento que tinha adquirido. Decidi, então, fazer um documentário sobre a minha experiência. Chamei a Fernanda [Souza], que também estava de perto dividindo esse processo comigo, para me ajudar”, recorda Ludmila.

Publicidade

Passados dois meses, a diretora retornaria ao sítio com todos os equipamentos para iniciar as filmagens que, além da cidade mineira, incluiu locações no Rio de Janeiro e em São Paulo. Logo no começo da produção, as crises de ansiedade voltaram com força.

Publicidade

“Foi uma experiência intensa, pois enquanto eu trabalhava para curar certos traumas, percebi que minha saúde não estava se restabelecendo tão rapidamente quanto eu esperava. Com o tempo, entendi que se trata de um processo profundo, que não pode ser simplificado. A filmagem em si foi extremamente desafiadora”, lembra.

Quando começou a editar o filme em Los Angeles – onde vive desde 2006 – a saúde de Ludmila foi se deteriorando, os sintomas cada vez mais fortes, para além das crises de pânico. Parou o processo de edição e naquele momento recebeu o diagnóstico de Epstein Barr Crônico (EBV, na sigla em inglês), um dos fatores desencadeantes da esclerose múltipla, condição da qual ela atualmente vive sem sintomas.

“Aprendi que o EBV também potencializa a síndrome do pânico. A vida me colocou numa situação muito interessante. Para corrigir um problema, eu tive que corrigir outro, mas os dois estavam entrelaçados. Fui obrigada a fazer um uma reciclagem geral da minha vida, no nível espiritual, psicológico e físico. Hoje olho pra trás e acho que foi um presente que aconteceu pra mim, porque me deu a chance de melhorar minha vida em todos os sentidos.”

A diretora ressignificou a sua vida por completo e, ao voltar para a montagem do filme, já melhor de saúde, percebeu que a história havia se transformado. A retomada da edição teve não só um efeito terapêutico importante, mas também influenciou na narrativa como um todo.

“Eu tinha as imagens, mas faltava a história. À medida que eu me curava, a narrativa ia se desdobrando e ganhando significado. A edição do filme desempenhou um papel muito importante na minha recuperação. Foi como uma terapia. Eu precisava respeitar os meus limites e honrar a minha história. Para mim, isso foi o alicerce de tudo”, relembra. “Se todo o meu caminho de aprendizado e autoconhecimento está enraizado na verdade, criar um filme autêntico também representaria de maneira ainda mais profunda o tema que eu estava abordando. Afinal, não há autoconhecimento sem verdade, concorda?”

Com quase três décadas de envolvimento no mercado audiovisual – iniciou a carreira de atriz nas telonas com apenas dez anos de idade no icônico filme “Carlota Joaquina”, símbolo da retomada da indústria do cinema nacional, em 1995 –, Ludmila assina ainda o roteiro, a edição, a fotografia e a produção executiva do longa-metragem. O processo de realização do filme – aliado à sabedoria adquirida no período de reabilitação – também foi uma escola e o início de sua paixão pelo ofício de dirigir.

“Esse filme foi um desafio que me levou a aprender muitas coisas novas. Eu aprendi a operar câmera, som, steadicam e até a pilotar drone. Aprendi o básico de edição um mês antes de começar a montagem do filme e fui aprimorando as técnicas durante o processo. Vencer essas barreiras enquanto estava vulnerável e me sentindo sozinha foi muito doloroso e difícil, mas ao mesmo tempo acabou me dando autoconfiança e fortaleceu a minha fé no desconhecido.”

Produtora executiva do documentário, Fernanda Souza se admirou com a desenvoltura da amiga no set de filmagem.

“Foi lindo testemunhar a força e dedicação da Ludmila com cada detalhe do processo, mesmo enfrentando algumas limitações físicas. Durante as filmagens, eu estava ao seu lado, segurando sua mão, e fiquei chocada ao vê-la desempenhar todos os papéis, desde o roteiro até a edição, direção, captação de áudio, iluminação, enquadramento da câmera e até mesmo operando o drone. Sempre soube que minha amiga era uma mulher independente e proativa, mas fiquei impressionada ao ver tantas facetas dela atuando em conjunto”, recorda.

O filme marca o primeiro lançamento exclusivo do catálogo de aquarius, plataforma dedicada a conteúdo sobre temas como saúde mental, bem-estar, espiritualidade e sustentabilidade, da qual Ludmila é sócia. Produzido pela Lupi Productions, “Eu” é dividido em sete atos: “autoconhecimento”; “a origem, período pré natal”; “o mapa gestacional”; “hierarquia e ancestralidade”; “a biologia da crença”; “o poder do coração”; e “a cura”.

Ludmila assina a produção do documentário, que traz ainda a cantora Anitta e Thiago Pavarino como produtores associados, enquanto Fernanda Souza divide com a diretora o crédito de produtora executiva.

“Me identifiquei muito com a jornada de cura da minha amiga, que expôs de forma bonita e verdadeira a sua história de autoconhecimento e de superação. Decidi me associar ao projeto, não apenas porque é lindo e acredito na causa, mas também porque eu e Ludmila vivemos juntas situações parecidas na mesma época. Acho que o documentário tem tudo para ajudar e inspirar muita gente, como aconteceu comigo”, conta Anitta.

“No filme, sinto que estou testemunhando uma mulher transformando sua própria dor em busca por conhecimento. É como se ela tivesse adentrado numa caverna e emergido com um diamante nas mãos, esculpido e lapidado com sua própria alma. Tenho certeza de que o filme terá um impacto na mente das pessoas, especialmente quando elas se identificarem com as dores retratadas, mas também ao apresentar as possibilidades de solução que a narrativa oferece”, complementa Fernanda Souza.

SINOPSE 

Após ter sua vida limitada por frequentes crises de pânico e o diagnóstico de uma doença crônica, a diretora Ludmila Dayer se viu questionando não só sua saúde mental e física, mas também a essência da vida. Diante disso, ela decidiu iniciar um profundo processo de autoconhecimento, com o objetivo de descobrir seu verdadeiro eu e encontrar uma cura para seus traumas psicológicos e físicos. Durante essa jornada, Ludmila descobriu valiosos ensinamentos e ferramentas que mudaram sua vida para melhor. Através de seu relato pessoal e de entrevistas com médicos, xamãs, neurocientistas e psicanalistas, ela compartilha um amplo espectro de conhecimentos sobre a vida, espiritualidade e ciência. A diretora tem a esperança de que suas experiências, descobertas e aprendizados possam ajudar outras pessoas que estejam passando por situações similares, oferecendo um caminho de cura e crescimento pessoal.

SINOPSE CURTA

Após enfrentar crises de pânico e ser diagnosticada com uma doença crônica, a diretora Ludmila Dayer inicia uma jornada de autoconhecimento, buscando uma cura para seus traumas psicológicos e físicos. Através de um relato pessoal, ela compartilha ferramentas e entrevistas com médicos, xamãs, neurocientistas e psicanalistas, fornecendo uma ampla gama de conhecimentos sobre a vida, espiritualidade e ciência.

FICHA TÉCNICA

Direção e Roteiro: Ludmila Dayer

Atriz Convidada: Fernanda Souza

Música: Filipe Leitão

Dir. de Fotografia: Ludmila Dayer

Edição: Ludmila Dayer e Thales Corrêa

Produção: Ludmila Dayer

Produção Executiva: Ludmila Dayer e Fernanda Souza

Produtores Associados: Anitta e Thiago Pavarino

Produtora: Lupi Productions

 

E aí, o que achou?

Não precisa se cadastrar! Apenas classifique.
0 / 5

Your page rank:

Botão Voltar ao topo
rfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-sliderfwbs-slide