O velório do cineasta Hector Babenco, morto na quarta-feira (13), aos 70 anos, começou por volta das 9h desta sexta, inicialmente reservado à família, na Cinemateca Brasileira, na região do Ibirapuera, zona sul de São Paulo. A viúva do cineasta, Bárbara Paz, foi uma das primeiras a chegar. Por pedido de Bárbara, a imprensa não pode acompanhar o velório.
O ator Tony Ramos, o cineasta João Batista de Andrade, a novelista Maria Adelaide Amaral e a atriz Tuna Dwek, que fez o último filme de Babenco, “Meu Amigo Hindu” foram alguns dos que compareceram para prestar as últimas homenagens ao cineasta.
Tony Ramos destacou a franqueza e a coragem do cineasta. “A sinceridade de Hector, a franqueza absoluta, a determinação [são suas características marcantes]. Ele jamais mascarava o que ele sentia, ele dava indicações para o ator, mesmo a gente não dirigidos por ele, era produção dele. Ainda assim, ele vinha sempre com uma dica amável, bem-humorada. Mas era um homem contundente, um homem criativo, um homem como tem que ser, de palavra, corajoso, e tudo era dito na frente, isso que era importante nele. E ele merece todas as homenagens”, disse o ator, que teve uma peça produzida por Babenco em 1993, “A Morte e a Donzela”, que também tinha no elenco Xuxa Lopes, à época casada com o diretor. “Sempre tivemos uma boa e velha camaradagem, uma boa velha amizade”, contou.
“Era um companheiro da maior importância para o país, não só para nós, uma categoria. A sua obra é para sempre e há que se entender que esse corpo está indo embora, mas essa alma e essa presença criativa forte está presente na sua obra, está presente o tempo inteiro”, completou.