A abertura da 39ª Mostra de São Paulo, realizada no auditório do Ibirapuera, foi marcada por uma manifestação de um grupo de produtores contra o fim de uma linha de crédito do estado de São Paulo que fomenta a produção cinematográfica. O grupo abriu uma faixa e distribuiu camisetas na porta do auditório.
Seguindo a tradição, a cerimônia foi comandada pela diretora Renata de Almeida e o apresentador Serginho Groisman. Além de patrocinadores, subiu também ao palco o prefeito Fernando Haddad, que prometeu se empenhar em novas linhas de crédito para o cinema.
Haddad ainda mencionou Hector Banbenco, cujo filme “Meu Amigo Hindu”, foi escolhido para a abertura da Mostra. “Não queremos que o Babenco pare de filmar no Brasil. A gente ama o Babenco”.
O diretor de “Pixote” e “Carandiru” também subiu ao palco ao lado de grande elenco, como Reynaldo Gianecchini, Barbara Paz, Selton Mello e Maria Fernanda Candido. “Muito se falou de políticas públicas na noite de hoje, mas eu gostaria de falar da beleza. Minha carreira é essa procura incansável de querer construir algo belo”.
No filme, Willem Dafoe vive o alterego do diretor, um personagem com câncer que conhece um garoto hindu durante o tratamento. O próprio ator mandou uma mensagem para Babenco, exibida no telão, em que dizia que não pôde vir a São Paulo para acompanhar a estreia, mas que tinha sido um prazer participar do filme.