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Para produtores, público exigente e Netflix impulsionam qualidade de séries

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    Para produtores, público exigente e Netflix impulsionam qualidade de sériesPara criador de “Narcos”, Netflix fará emissoras de TV aprimorarem qualidade

A TV vive sua “era de ouro” nos Estados Unidos, com séries que são sucesso de público e de crítica, como “Game of Thrones”, “Breaking Bad” e “Walking Dead”. No Brasil, as séries também vivem um momento de ascensão. Com um impulso da lei da TV Paga e dos investimentos de canais e produtoras, a ficção brasileira mudou de cara e começa a apresentar versões para todos os gostos – tanto na TV aberta quanto nos canais pagos. Mas ainda há espaço para crescer?

Para produtores e executivos que participaram do Telas Forum, evento voltado ao mercado televisivo que aconteceu em São Paulo nos dias 9 e 10 de novembro, sim. A começar pela diversidade de públicos que há hoje, de acordo com Suely Weller, coordenadora de conteúdo do GNT. “Você tem vários públicos. E acho que há muito espaço porque o público quer cada vez mais [programas]. A gente busca dentro dessa produção uma diversidade grande”.

Há também uma tendência de fortalecimento de mercados emergentes como Brasil e México. “Os EUA estão saturados, e é nos mercados emergentes que a ação está”, opina Alfredo Barrios, showrunner da série “Burn Notice”. “Por isso que o Netflix está investindo em mercados assim. ‘Narcos’ foi uma aposta muito direcionada para o Brasil. Quando vou vender um projeto, sempre ouço a pergunta ‘Vou conseguir vender isso no exterior?'”

Nesse cenário, também deve-se abrir espaço para produções mais regionais, completa o produtor. “Acho que o futuro vai ser mais regional. Se o Netflix quer expandir, ele vai ter que fazer produções mais regionais. Acho que as empresas ficarão desesperadas por conteúdo. E elas estão desesperadas para agradar os mercados emergentes”.

Qualidade
Com tantas produções competindo ao mesmo tempo, só vai pegar o olhar do público quem tiver qualidade – e aí todo mundo vai ser obrigado a aumentar o nível, um processo que já está em curso. “Nos últimos anos, canais pagos como HBO e Showtime estão fazendo programas mais ousados, com personagens centrais mais falhos, e isso nos desafia a fazer uma TV melhor: escrever melhor, produzir melhor, dirigir melhor. E isso obriga as emissoras a fazer programas melhores, deixar de lado os programas mais simples”, avalia Chris Brancato, criador e showrunner de “Narcos”.

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Alfredo Barrios relembra que o próprio boom televisivo norte-americano só veio anos após os canais a cabo entraram na disputa. “Quando comecei, só havia quatro grandes emissoras. Como elas tinham de falar com muitas pessoas, os personagens e as histórias eram mais simples, não sofisticados. Quando surgiram os canais a cabo, eles começaram a trabalhar com públicos mais segmentados, que exigiam um conteúdo com uma qualidade diferenciada. [O conteúdo] se tornou melhor, mais centrado nos personagens, mais específico e mais universal”.

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E o fortalecimento do Netflix e de outros serviços de streaming, como Amazon, Hulu e Crackle, deve reforçar essa tendência e tornar o público ainda mais exigente. “O Netflix vai fazer as emissoras tradicionais serem mais criativas, mais ousadas. O espectador não vê apenas programas simplórios. Ele recebe produções em línguas estrangeiras, outras histórias, mas ele é muito subestimado. E encontramos muitas oportunidades”, prevê Brancato.

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