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Para filme com Glória Pires, referências foram de Ghost a O Sexto Sentido

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A fórmula para a cura da celulite encontrada pela protagonista de “Linda de Morrer” tem graves efeitos colaterais, mas o filme, que estreia nesta quinta-feira (20), aposta numa receita de sucesso que tem altos índices de eficácia nas bilheterias brasileiras: a comédia. Com o mote do fantasma que precisa cumprir sua missão na Terra antes de descansar em paz, o longa de Cris D’Amato, estrelado por Gloria Pires, se encaixa no filão que arrasta multidões às salas de cinema e que ainda tem vida longa, segundo a cineasta.

“Ninguém se esgota de rir. Uma boa maneira de espantar o mau agouro é sorrindo, gargalhando, vivendo de maneira feliz. As pessoas têm tanta desgraça na vida, têm que desopilar. Claro que não é o riso pelo riso, o riso pela baixaria. Isso eu sou contra. Se meu próximo filme vai ser uma comédia? Não tenho a menor ideia. Gosto de contar histórias. Meu primeiro filme ‘Sem Controle’, teve 32 mil pessoas. Fiquei triste, frustrada? Não. Vou fazer o que tiver na frente, independente do gênero”, conta a cineasta, que levou mais de 2 milhões de espectadores ao cinema com “SOS Mulheres ao Mar”, e que já tem uma continuação engatilhada.

Gloria, no entanto, acredita que seja uma fase. Segundo ela, o Brasil é um país de tendência, o que acaba criando dificuldade para qualquer mercado, como o cinema ou a música. “Quando você mora fora vê que tem espaço para todo mundo. No Brasil é tudo segmentado, a gente tem o péssimo hábito de destruir uma coisa para criar outra. É difícil convivência. Acho que esse é o momento da comédia, mas já tivemos o momento do filme político. Acho que outros estilos também venham a ganhar espaço, as pessoas têm que se expressar, e também tenho a impressão de que o público sente falta de outras histórias, outros temas. Acho que é uma coisa cultural nossa”, analisa a atriz.

Quando você mora fora vê que tem espaço para todo mundo. No Brasil é tudo segmentado, a gente tem o péssimo hábito de destruir uma coisa para criar outra. É difícil convivência. Acho que esse é o momento da comédia, mas já tivemos o momento do filme político. Acho que outros estilos também venham a ganhar espaço, as pessoas têm que se expressar Glória Pires

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Partindo de uma premissa já vista em vários filmes do gênero, “Linda de Morrer” se torna um “filme nacional, e não um filme copiado”, segundo Cris, pela religiosidade –trazida à história pela personagem Mãe Lina, que coube a Susana Vieira. Na trama, ela é quem alerta o neto, Daniel (Emílio Dantas), sobre seu dom da mediunidade. Com isso, o psicólogo fica com a missão de ajudar Paula a fazer contato com a filha, Alice (Antonia Morais), para que o Milagra, o tal remédio extraordinário, deixe de ser comercializado antes de provocar mais mortes.

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“A brasilidade que a gente deu foi o espiritismo, que não definimos se é candomblé, umbanda, quimbanda. Kardecismo não é, porque tem a Susana baixando santo. Esse é o diferencial, porque gente que foi lá para cima e voltou existe desde 1935. Ah, vão dizer que parece com ‘Ghost’. É sucesso? Que bom! Não tenho nenhum problema com isso, tenho várias referências, inclusive ‘Ghost’. Mas não quero fazer igual, até mesmo porque ali era uma história de amor. O que estou contando nesse filme é uma relação entre mãe e filha”, diz a diretora, que assistiu a longas de vários gêneros, como “Um Espírito Baixou em Mim”, “Os Outros” e “O Sexto Sentido”.

Assista Linda de Morrer | Trailer Oficial


Humor para falar de temas sérios

De cara, a cineasta idealizou Gloria como protagonista da comédia, e as filmagens aconteceram nas quatro semanas que ela tinha disponível entre um trabalho e outro –atualmente a intérprete é uma das vilãs da novela “Babilônia”, da Globo. Além do tempo contado no relógio, as complicadas sequências que envolveriam efeitos especiais na pós-produção foram as que deram mais trabalho. “Nas cenas da Gloria com o Emílio, os dois podiam contracenar. Mas a Antonia não podia ver a Gloria. Era muito engraçado, mas a gente tinha que rodar alguns planos mais de uma vez. Acabou sendo um aprendizado”, diz Cris, que rodou algumas partes do filme no cemitério São João Batista, no Rio.

Embora seja leve a maior parte do tempo, o longa também aposta em alguns momentos sentimentais, como o reencontro de mãe e filha, para levar o público –e até as atrizes– às lágrimas. “Quando li o roteiro, adorei o fato de ser uma comédia e tratar de assuntos como morte, frustração, egoísmo. O humor é um veículo maravilhoso para a gente perceber certas coisas”, diz Gloria, que já protagonizou, entre outros trabalhos dramáticos no cinema, os dois arrasa-quarteirões “Se Eu Fosse Você”.

A falta de tempo da mulher contemporânea e a ditadura da beleza também são alguns dos temas abordados na história. “Todo mundo chega e diz: ‘Tenho remédio para emagrecer que é ótimo’. Aí a pessoa não sabe nem o nome e já pede emprestado. Não sou contra nenhum procedimento, mas sou contra o excesso”, diz a diretora.

Gloria, que divide a cena com a própria filha, diz que o mais difícil foi se policiar para não bancar a mãe também no set. “O que mais me tirou o sono até começarmos efetivamente as filmagens era se eu iria virar uma chata, que ia ficar controlando a Antonia (risos). Nada disso aconteceu, graças a Deus. Ela se colocou o tempo todo muito séria, madura, profissional. Aí ficou só a corujice da mãe curtindo as cenas dela e me emocionando”.

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