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Televisão

De produção complexa, Tá no Ar reestreia com quase 500 novos esquetes

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Um trocadilho com uma letra – ou uma piada “cretina”, como brincaram os roteiristas nos bastidores – envolveu uma equipe de 65 pessoas e resultou em uma jornada de mais de duas horas no estúdio para a gravação de apenas um dos quase 500 esquetes produzidos (cerca de 40 por episódio) para a quarta temporada do “Tá no Ar”, que estreia nesta terça-feira (24), após o “Big Brother Brasil”.

A nova leva de episódios demandou uma média de 800 figurinos para os 11 atores, que se desdobram em um sem-número de personagens. Nada menos que 95 cenários foram montados desta vez, além das gravações em 24 locações externas, como o campo de futebol do São Cristóvão, a praia da Macumba e uma mansão no Alto da Boa Vista. Tudo para virar cenas de alguns segundos no ar.

“‘Tá no Ar’ é o programa mais complexo que eu já fiz. É muito difícil de criação, porque fala sobre universo da televisão, são muitas cenas… E é difícil de realização também”, afirma Marcius Melhem, criador do humorístico junto com Marcelo Adnet e o diretor Maurício Farias.

Numa das sequências, mais simples, Adnet, devidamente caracterizado, dublava Caetano Veloso em um cenário todo preto diante de uma grua. A seguinte deu muito mais trabalho: a conversa inocente de Verônica Debom e Renata Gaspar num sofá logo deu lugar a um show do Abba, com direito a piano e globo espelhado no teto.

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Até o primeiro take valer, Renata anda até o móvel uma dezena de vezes para marcar o enquadramento de câmera. A produção disfarça um rasgo na parte de trás do sofá com tinta spray e uma luminária, derrubada algumas vezes no corre-corre, termina intacta. Simulando beber um suco na hora do valendo, a atriz gargalha: “Babei”.

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“Está estranha, amiga. Aconteceu alguma coisa?”, pergunta Verônica. “É que eu fiquei menstruada e não tenho absorvente”, responde a colega, com cara triste. É a deixa para a tal piada infame: “Eu tenho um. Você quer com aba ou sem aba?”. O que o telespectador vai ver magicamente cortado para um show do grupo sueco exigiu o desmonte de uma estante (decorada com fotos tiradas da internet, como atores de “Velho Chico”) e a rearrumação de boa parte do set para entrada dos instrumentos
“Chama o Abba!”, diz o diretor para a equipe, referindo-se a Melhem, Georgiana Góes, Luana Martau e Maurício Rizzo. Enquanto isso, Renata e Verônica dançavam ao som do playback de “Dancing Queen” para a câmera várias vezes, em meio a crises de riso e algumas desajeitadas na peruca.

Antes do show começar, a produção junta os cacos de algumas lâmpadas quebradas na arrumação. Georgiana e Luana, que disfarça a barriga de grávida com um figurino mais largo, ensaiam repetidamente a coreografia. Rizzo, músico de verdade, treina ao piano, e Melhem acerta com o diretor .

“Fazemos cerca de 40 esquetes por episódio, de estilos diferentes, respeitando os gêneros da TV, com um grau enorme de aprofundamento e pesquisa, de recriação daqueles universos, da forma mais arrojada que a gente consegue. Às vezes, assistindo ao programa, a gente se surpreende com o que a gente produz”, conta Farias.

Com participações de peso como Claudia Raia, Sandy, Lulu Santos, Angélica e Rodrigo Lombardi, o humorístico volta com quadros novos, como “Escolinha Bíblica”, e crítica afiada, também voltada para o cenário político.

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