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Música

Janis Joplin e Rita Lee estão na primeira parte do especial sobre grandes mulheres da música

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Marcando o início da celebração do Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, publicamos a primeira de duas partes de um especial que rememora algumas das figuras femininas que ajudaram a fazer a diferença no mundo da música e não só.

Selecionamos dez artistas de diversas épocas e estilos variados que têm muitas diferenças entre si, mas também muito em comum. Afinal todas elas ajudaram a quebrar barreiras – sociais, raciais ou comportamentais, muitas vezes simultaneamente – e a abrir um caminho para outras artistas também poderem se expressar. Hoje, lembramos as cantoras veteranas. Na segunda parte, que publicaremos amanhã, avançaremos até os dias de hoje. Divirta-se.

Aretha Franklin – 1942 –

Aretha Franklin

Aretha começou a gravar muito cedo, seus primeiros discos saíram quando ela tinha apenas 14 anos. Em seus primeiros anos ela gravou jazz, gospel e standards, em uma série de trabalhos que não faziam jus ao seu talento.

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Tudo mudou em 1967 quando ela assinou com a Atlantic e se entregou de vez à soul music. Na nova gravadora ela registrou uma série de álbuns e singles que ficaram para a história além de ter influenciado praticamente todas a cantoras femininas com “vozeirão” que vieram depois dela. Franklin foi a primeira mulher a fazer parte do Rock And Roll Hall of Fame.

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Ela também encabeçou a lista de maiores vozes de todos os tempos feita em 2008 pela edição americana da revista Rolling Stone.

A música definitiva: “Respect” – composta e gravada anteriormente, também de maneira brilhante, por Otis Redding, na voz de Aretha a canção ganhou novos contornos, tornando-se um poderoso hino adotado por militantes dos direitos civis e da causa feminista.


Janis Joplin – 1943 – 1970

Janis Joplin

Janis viveu pouco, uma overdose aos 27 anos nos privou precocemente de seu talento. Ainda assim, nos poucos anos de vida, a cantora certamente deixou a sua marca na história da música moderna.

Branca, Joplin tinha uma voz espantosa que não devia nada aos das maiores damas do blues, jazz e soul. Seja nos momentos mais viscerais quanto nos líricos é difícil não se emocionar com ela. Joplin também quebrou paradigmas comportamentais e nunca se deixou levar por condições preestabelecidas sobre o seu papel na sociedade.

A música definitiva: “Piece Of My Heart” – Uma escolha difícil, afinal suas versões para “Summertime“, “Ball And Chain” ou “Me And Bobby Mcgee” são igualmente fundamentais. Por outro lado, “Piece Of My Heart“, de 1968 e gravada originalmente por Erma Franklin, junta vários lados de Joplin – o blues, o soul, o rock e o pop – em uma performance irrepreensível que alterna leveza e agressividade.


Patti Smith – 1946 –

Annie Leibovitz
Patti Smith

Cantora e poeta, Patti Smith foi um dos primeiros nomes do underground norte-americano da década de 70 a gravar, o que fez dela uma pioneira do movimento punk e um dos pilares da muito necessária renovação pela qual o rock passou no meio daquela década.

“Horses”, seu álbum de estreia (1975) tocou muito gente que se tornaria importante nas décadas seguintes – Bono do U2 e Michael Stipe do R.E.M. sendo dois de seus maiores devotos.

A entrega vista em suas performances e a força de seus álbuns, também influenciaram muitas artistas femininas – especialmente as de perfil mais alternativo.

Smith surpreendeu seus fãs quando no auge – na virada dos anos 70 para os 80 – decidiu abandonar a sua carreira para se dedicar a uma vida caseira ao lado do marido e filhos. Em 1988 ela fez um breve retorno, que em 1996 se tornou definitivo.

A música definitiva – “Gloria” – Na faixa que abria o seu primeiro disco, Smith partia do velho hit do Them para criar algo totalmente novo e estimulante. A frase de abertura : “Jesus morreu pelos pecados de alguém, mas não pelos meus” se tornou uma das mais citadas e lembradas da história do rock.

Debbie Harry – 1945 –

Blondie

Ao lado do Blondie, Debbie Harry se tornou um dos grandes ícones do pop moderno. A artistas soube como poucos usar sua beleza e sensualidade a seu favor, sem jamais deixar que ela colocasse seu talento como artista em segundo plano, uma lição que foi aprendida por muitas estrelas surgidas nos anos seguintes.

Harry se tornou a faceta mais conhecida e popular do punk, graças á música mais acessível feita por sua banda, que abria espaço para o rock dos anos 60, o reggae e a disco music.

A música definitiva – “Heart Of Glass” – O maior hit do Blondie saiu em 1978 e começou como um reggae que não parecia prometer muito. Quem enxergou o potencial da faixa foi o produtor Mike Chapman ao pedir para o grupo acelerar o seu andamento e adicionou a batida disco que fez toda a diferença no resultado final.


Rita Lee – 1947 –

Rita Lee

Rainha indiscutível do rock brasileiro, Rita Lee abriu seu caminho na nossa música jovem à força, mostrando que havia um papel maior para as mulheres além daquele de “namoradinha” ou de artista manipulável por produtores ou colegas de banda.

Rita teve papel de protagonista em diversos momentos da MPB. Primeiro como integrante dos Mutantes na década de 60, depois em sua fase mais roqueira, ao lado do Tutti Frutti na primeira metade dos anos 70 e finalmente quando abraçou o casamento (também artístico) com Roberto de Carvalho e acabou por, praticamente sozinha, criar um mercado para a música pop brasileira.

A música definitiva: “Agora Só Falta Você” – Rita teve hits maiores que esse, alguns igualmente fundamentais como “Mania de Você” ou “Ovelha Negra“. Mas como um manifesto a favor da liberdade e do direito a ser feliz, é difícil achar na nossa música, faixa mais poderosa que essa gravação de 1975.

Fonte: Vagalume

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