Que Fábio Porchat é hiperativo e está sempre envolvido em vários projetos, todo mundo sabe, mas em live realizada no Instagram do Canal Brasil, na tarde desta quinta-feira, dia 14, ele revela como é possível trabalhar tanto e ainda se alimentar, dormir e namorar: “Eu sou muito organizado e metódico. Além das lives diárias, tenho feito aula de inglês, exercícios físicos, ajudo a cuidar da casa e ainda tenho assistido a muitos filmes antigos”, diz o humorista e roteirista, que admite estar trabalhando mais do que antes da pandemia.
Em um papo super descontraído com Simone Zuccolotto, Porchat conta como surgiu a ideia de entrevistar alguém todos os dias em seu canal no Instagram: “Minha mulher veio com essa ideia. Ela viu que a Miley Cyrus diariamente fazia uma live e eu resolvi mandar mensagem para alguns amigos perguntando se eles topavam. Comecei Com Luciano Huck, Paulo Gustavo e a coisa foi dando certo, quando vi virou um programa. É o momento em que está todo mundo podendo falar, está todo mundo em casa. Está sendo uma experiência ótima, falei com muita gente boa que seria difícil levar até um programa de TV. Conversei, por exemplo, com Fernando Henrique Cardoso em uma live e foi excelente o papo”, conta Fábio, que usa o closet da esposa como cenário para suas entrevistas.
“Que História É Essa, Porchat?”, um dos projetos de Porchat mais elogiados pelo público e pela crítica, ainda está com futuro incerto para esse ano. O programa gravou quatro episódios inéditos, mas ainda está sem data para retornar: “A alma desse programa é ouvir as histórias de todos, inclusive da plateia, e sem essa galera, como a gente faz? Sem as interferências e as risadas da plateia, perde-se muito, quebra a dinâmica do programa. Ainda vamos ver como será”, avalia Porchat, que continua tocando o programa “Papo de Segunda”, do GNT, sozinho no estúdio e interagindo com Emicida, Chico Bosco e João Vicente, integrantes da atração.
Fábio fala também sobre as neuroses que passam pela cabeça quando sai para ir ao mercado e diz que passa álcool gel em tudo, até na própria embalagem do álcool. Quando o assunto é o “Porta dos Fundos”, ele conta que tinha vídeos gravados até agosto, mas o time optou por gravar de casa novos conteúdos que abordassem a quarentena: “É o que as pessoas estão se identificando no momento”.
“Homens?”, primeira série brasileira da Amazon Prime, é mais um dos projetos de Porchat. Idealizada por ele, a série tem como foco quatro amigos de longa data que se sentem perdidos à medida que o mundo contemporâneo se reinventa e as mulheres se empoderam: “A gente fala da masculinidade tóxica, abordamos o machismo de uma outra maneira. Mostramos que o machismo está em pequenos comentários e atitudes, coisas que às vezes passam despercebidas e não são consideradas machistas por muita gente. O que me interessa é falar de assuntos de uma forma que não foi abordada antes”.
Além de tudo isso, Porchat fala sobre “O Palestrante”, seu novo longa-metragem que seria lançado no fim deste ano, mas talvez tenha a data postergada: “Eu lançaria no streaming, não sou apegado ao cinema. O que me importa é que as pessoas se divirtam, que elas possam rir. O filme já está pronto, eu assisti e está muito legal”, diz.
Antes de terminar a entrevista, Fábio diz que o que mais queria fazer assim que o isolamento social acabar é ir ao teatro com a esposa e sair para jantar, mas lamenta quando reflete que cinemas, teatros e shows devem ser os últimos a voltarem ao funcionamento normal. E, ao se despedir, Porchat diz que ainda hoje tem uma reunião de trabalho e duas entrevistas em seu canal no Instagram.