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Música

Muse, Rolling Stones e a união de Franz Ferdinand e Sparks estão nos “Lançamentos da Semana”

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MuseDrones

Muse
Drones

Depois de muita expectativa finalmente o aguardado sétimo álbum do Muse saiu. E, com apenas algumas audições, já é possível arriscar um veredito sobre ele. Se você está entre os que nunca gostaram do trio por achar a banda por demais bombástica e exagerada, certamente não irá mudar de opinião agora.

Já se você é fã de Matt Bellamy e cia. – e nem precisa ser de carteirinha – exatamente pelo som grandioso feito por eles, pode se preparar para os prováveis cinquenta minutos mais intensos do ano.

O fato é que “Drones” traz tudo o que se espera da banda – os falsetes de Bellamy, os riffs pesados de guitarra e o baixo galopante – de forma exemplar. E parte dessa “culpa” fatalmente recai sobre o produtor Robert “Mutt” Lange, que topou novamente sair de seu estado de semi-reclusão para voltar aos estúdios.

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Lange, para quem não sabe, produziu alguns dos discos mais bem sucedidos de todos os tempos. A lista é impressionante: “Highway to Hell”, “Back In Black” e “For Those About To Rock” do AC/DC (que somados venderam mais de 30 milhões de cópias), outros três discos do Def Leppard (mais 30 milhões), “Waking up The Neighborhood” de Bryan Adams (16 milhões) e “Up!” de sua ex-esposa Shania Twain (que ultrapassou os 5 milhões de cópias). Ele também é conhecido pelo seu estilo meticuloso, segundo alguns beirando o ditatorial. Lange é daqueles que não sossega enquanto tudo não estiver perfeito.

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Muse

No final o encontro dessas duas forças funcionou, já que este é seguramente o melhor disco do Muse em uns bons anos.

As composições continuam bem estruturadas e ambiciosas com as tradicionais influências do rock dos anos 70 – Pink Floyd e Queen em particular – e do rock alternativo da década de 90.

A parte final do álbum em particular, tem forte marca progressiva, com a balada “de estádio” “Aftermath” abrindo espaço para a épica “The Globalist” com seus dez minutos e vários movimentos.

Curiosamente, mesmo sendo a faixa chave do trabalho, e certamente a que mais renderá discussões, ela só pode ser ouvida pelos assinantes premium dos serviços de streaming musical e está sendo retirada do YouTube. Apesar da estratégia parecer estranha, podemos dizer que a canção tem tudo para se tornar um dos momentos chave dos shows da banda daqui por diante.

Como se não bastasse, o disco termina com a faixa título, um exercício solo do vocalista Matt Bellamy, onde, sem nenhum acompanhamento, ele mostra todas as suas em vozes uma canção com influência de música sacra.

Drones” chega ao mercado com pinta de best seller, por ter potencial para ampliar ainda mais a base de fãs do grupo e porque deverá render uma turnê antológica – o que faz aumentar a expectativa para as apresentações que eles farão por aqui em novembro.

Ouça “Dead Inside com o Muse presente no álbum “Drones


The Rolling StonesSticky Fingers

Rolling Stones
Sticky Fingers

Na história é difícil achar muitos discos mais perfeitos que este álbum de 1971 dos Rolling Stones. Aliás só não dá para dizer com certeza que ele é o grande disco da banda, porque os dois trabalhos anteriores (“Beggars Banquet” de 1968 e “Let It Bleed” de 1969) e o posterior (“Exile On Main Street” de 1972) são igualmente antológicos.

Sticky Fingers” está retornando às lojas em diversos formatos, incluindo versões com faixas extras. Infelizmente, ao contrário dos remasters de “Exile” e “Some Girls”, não temos faixas inéditas da época.

Mick Jagger brincou que eles já usaram tudo e que deveriam ter guardado algo para esse relançamento. Dessa forma, o material extra de estúdio aqui não chega a empolgar. São versões alternativas de cinco das dez faixas do álbum original. das quais a mais interessante é um take de “Brown Sugar” com a participação de Eric Clapton“. Apesar disso, ela ainda perde, e muito, para a edição oficial da música.

Rolling Stones
Os Stones em 1971

O material ao vivo em compensação, é de outro mundo, captando o quinteto em sua melhor forma. A edição deluxe traz cinco faixas de um show da época em Londres.

Já o álbum no formato “super deluxe” – que por aqui não vai chegar por menos de R$500,00 – acrescenta mais um CD com a íntegra de outra apresentação da mesma turnê, um DVD com duas faixas, mais cartões postais, e um livro com um ensaio escrito pelo brilhante jornalista musical Nick Kent.

Mas no final, o que vale mesmo é ouvir o disco original. “Sticky Fingers” já foi descrito acertadamente como uma carta de amor da banda à América. E é isso mesmo, o álbum tem rock básico, soul, blues, country, folk e toques de gospel.

Resumindo: Sticky Fingers é um dos melhores discos de uma das melhores bandas de todos os tempos, e isso, definitivamente, não é pouca coisa.

Veja os Rolling Stones tocando “Dead Flowers” de “Sticky Fingers” ao vivo em 1971


FFSFFS

FFS
FFS

Essa colaboração entre os Sparks e o Franz Ferdinand foi tramada em 2004 quando os dois grupo se encontraram em algum festival europeu, mas só virou uma realidade mais de uma década depois.

Para os mais novos talvez não seja necessário apresentar o FF, há anos uma das bandas indies mais queridas dos brasileiros, já os Sparks talvez seja mais desconhecidos. Ele são uma dupla que está na ativa desde o início dos anos 70 fazendo um som inclassificável com um humor totalmente único e peculiar.

Se nos EUA o som dos irmãos Ron e Russell Mael nunca emplacou, na Inglaterra os dois tiveram mais sorte, especialmente em 1974 quando a música deles acabou se encaixando com perfeição naquela época de glam rock.

FFS

Desde então eles lançaram cerca de 20 álbuns e se tornaram uma instituição cult, se é que isso é possível.

Ainda que raramente tenham alcançado o mainstream, eles conquistaram vários fãs ilustres como Morrissey, os integrantes do Faith No More e, como se vê, o pessoal do Franz Ferdinand.

O mais legal desse ótimo “FFS” é ver como as duas banda se complementam. Geralmente o que se vê nesse tipo de projeto é uma das partes assumindo o comando. Mas não aqui, onde nota-se a presença tantos do FF quanto dos irmãos com a mesma intensidade.

O disco assim irá agradar os fãs das duas bandas – e provavelmente fazer com que uns busquem os disco dos outros. “FFS” tem ótimas faixas, repletas de boas melodias, arranjos criativos e letras de um humor mordaz – vide “Collaborations Don’t Work” – é é mais um forte concorrente a marcar presença nas listas de melhores discos de 2015.

Ouça “Johnny Delusional” presente no álbum de estreia do FFS

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