- Marco Antonio Teixeira/Popzone
Intérprete de Aruna, em “A Terra Prometida”, Thaís Melchior sente na pele da personagem a raiva de Samara (Paloma Bernardi), que disputa com ela o amor de Josué (Sidney Sampaio), mas não precisou sofrer fisicamente com o tapa que levou da irmã de consideração.
Nos bastidores das gravações da novela, no complexo de estúdios da Casablanca (antigo RecNov), no Rio, a atriz contou que pela primeira vez levou uma bofetada de mentirinha na televisão na cena que foi ao ar na terça-feira (26). “A gente gravou de primeira. Acho que pareceu de verdade, mas foi técnico. Eu nunca tinha feito tapa técnico. Nas outras novelas eu preferia receber e dar tapas de verdade”, afirma.
Melchior lembra que apanhou para valer em outras novelas e compara com a cena da trama bíblica: “Eu recebi um tapa de verdade em ‘Malhação’. E dei outro em ‘Vitória’. A diretora [de ‘A Terra Prometida’] preferiu fazer o tapa técnico e funcionou”.
Mesmo quando o tapa é de verdade, explica, existe um preparo a fim de que seja o menos dolorido possível. “Tem uma técnica que bate mais com as pontas dos dedos que dói menos”, assegura.
Já o tapa que simula uma violência real, mas não chega a machucar os atores, depende de muita atenção de todos envolvidos. “É um jogo de câmera. Na hora que você sente um vento no nariz, você vira. É tipo ‘Chaves’, só que mais bem feito”, diverte-se.
Ela diz que aprovou a cena ao vê-la no ar. “Ficou legal no vídeo. É uma cena difícil pra gente. Nos concentrarmos muito. Passamos o texto várias vezes e na hora do vamos ver veio na hora a emoção”, conta a atriz, que recusa o título de expert em tapas. “Até parece (risos)”, afirma.
Reprodução/Record
Revidar o tapa ou não?
Thaís Melchior diz que ter se imaginado na mesma situação da personagem, que foi autorizada pelo pai a devolver o tapa em Samara, mas preferiu agir dizendo que fazer o mesmo seria repetir o erro da rival.
“Já pensei muito sobre isso. Acho que a Aruna é mais controlada do que eu. Depois dessa cena, acho que eu agiria igual a ela. Mas no calor da emoção, se uma pessoa me dá um tapa, a minha primeira reação seria revidar”, reconhece.
Ela acredita que existam pessoas com a sensatez de Aruna e supõe que a aparente passividade da personagem com Samara é pela gratidão de ter sido aceita na família.
“Ela teria morrido se a família não tivesse decidido aceitá-la em casa. Ela foi aceita de uma maneira não muito justa porque tem que fazer todos os trabalhos da casa, recebe ordens o tempo todo. Ela faz com gosto e por gratidão. É uma opção dela ter uma postura mais leve, tentar engolir, e pela índole que possui”, considera.