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Cinema

Em Cannes, prostitutas conseguem burlar nova lei e cobram R$ 2.200 por hora

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  • Clemens Bilan/Getty Images
    Festival de Cannes 2016
    18.mai.2016 – Movimentação no tapete vermelho da 69ª edição do Festival de Cannes

    Uma nova lei francesa que criminaliza a compra do ato sexual desde 13 de abril parece não ter surtido efeito em Cannes. Moças são pagas por clientes franceses e estrangeiros para desfilar pelos tapetes vermelhos e festas do festival de cinema.

É o que dizem duas jovens entrevistadas pelo site “The Hollywood Reporter”, que declararam receber até 550 euros por hora (o equivalente a R$ 2.200 reais) para acompanhar seus clientes.

“O clima é divertido e eu tenho bastante trabalho durante essas semanas”, conta Katia (nome fictício), uma jovem de 27 anos que costuma vir de Paris para trabalhar em Cannes durante o movimentado festival. Pela internet, ela vende seus serviços e se apresenta como se tivesse 24 anos.

Katia explica que a semana costuma ser bem mais agitada do que o usual, e que este ano não está diferente. Só nesta primeira semana do festival ela já passou diversas vezes pelo tapete vermelho com seus clientes –que incluem grandes produtores americanos– e também frequentou festas ao lado dos convidados.

Entre as exigências da prostituta de luxo, que cobra R$ 2.200 por hora para fazer o papel de namorada, estão hospedagem em hotéis 4 ou 5 estrelas e nada de festas em iates, que teriam um “clima mais hostil”.

Procurado pelo “The Hollywood Reporter”, o chefe da polícia local diz ser complicado fiscalizar a atividade em hotéis. “Até mesmo a segurança do hotel não tem como saber o que está acontecendo dentro dos quartos”, justifica.

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Ele enfatiza, no entanto, que Cannes age contra a prostituição nas ruas, inclusive com monitoramento noturno. “Você não vê prostitutas nas ruas do centro da cidade”.

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A nova lei francesa determina que, se pegos em flagra negociando sexo, os clientes devem pagar uma multa que varia de 1500 euros (cerca de R$ 6.200) a 3.750 euros (cerca de R$ 15.700) para reincidentes.

A nova regra visa proteger as prostitutas, dando a elas o status de vítimas. “É difícil fiscalizar com os serviços sendo negociados pela internet e por telefone”, explica o chefe da polícia.

Uma jovem russa que se apresenta como Kate confirma a teoria do policial. Ela diz acertar os programas pela internet. “Os homens me encontram em um site e combinamos tudo pelo celular”, explica ela, que trabalha o ano todo em Cannes.

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