Com o pomposo título “O Futuro do Cinema”, o painel com a produtora Silenn Thomas, de “300” e “Sin City 2”, lotou o auditório Prime, que tem capacidade para 200 pessoas. Mas, do futuro do cinema mesmo, pouco se falou. As discussões girararam em torno de adaptações de quadrinhos para o cinema.
“Antes, o cinema adaptava os quadrinhos sem levar em consideração o enredo dos quadrinhos. Hoje isso mudou. Boa parte disso é responsabilidade de Frank Miller, que acompanhou de perto as adaptações de ‘300’”, disse Silenn.
A produtora disse também que está percebendo uma migração de boas histórias para a TV. “Estamos vivendo a era de ouro da TV. As séries permitem desenvolver melhor os personagens, como foi o caso de ‘Breaking Bad’. J.J. Abrams, por sua vez, levou a sua fórmula de fazer TV para os cinemas com muito sucesso em ‘Star Trek’ e ‘Star Wars”, ponderou.
Um dos pontos abordados foi o uso da realidade virtual. “O cinema não vai acabar. A experiência da realidade virtual nos cinemas vai levar cada vez mais pessoas para as salas”, garantiu.
A conclusão de Silenn sobre o futuro do cinema foi clássica. “Acho que o futuro vai seguir o caminho da realidade virtual. Mas de nada adianta se a história não é boa. Enquanto exisitirem histórias originais e que despertem a atenção, o público vai continuar existindo também.”