O diretor Paul Haggis posa com dois seus dois Oscars vencidos por “Crash”, em 2006
O diretor do longa “Crash”, Paul Haggis, surpreendeu ao afirmar que não teria dado a seu filme o Oscar de melhor longa em 2006. Considerada azarão na disputa, a produção bateu os filmes “Capote”, “O Segredo de Brokeback Mountain”, “Boa Noite e Boa Sorte” e “Munique”, o que gerou na época uma enxurrada de críticas à decisão da Academia.
Estrelada por Sandra Bullock, Brendan Fraser e Matt Dillon, a trama focada no debate do preconceito levou também as estatuetas de melhor roteiro original e melhor edição. “Era o melhor filme do ano? Eu acho que não”, admitiu Haggis em entrevista ao site “HitFix” publicada nesta terça (11).
“‘Crash’, por alguma razão, tocou as pessoas. E você não pode julgar filmes assim. Estou muito feliz por ter esses Oscars. São coisas encantadoras. Mas você não deve me perguntar qual era o melhor filme daquele ano, porque eu não votaria em ‘Crash’, apenas porque vi o teor artístico presente nos outros filmes.”
Apesar de relativizar o sucesso e a qualidade de “Crash”, Higgs afirma que a história cumpriu sua missão social. “E eu estou muito orgulhoso de ‘Crash’ ter tocado o público. As pessoas ainda vêm até mim para dizer que o filme mudou sua vida. Ouvi isso dezenas de vezes. Eu sabia que era o experimento social que eu buscava, e é um experimento muito bom. É um grande filme? Eu não sei.”