“Ele havia parado pra tomar um café encostado num túmulo e alguém chegou pedindo licença pra tirar uma foto. Quando ele foi ver, era o túmulo do Cazuza, que ele interpretou no teatro”, contou a diretora Cris D’Amato, que usou o cemitério São João Batista, em Botafogo, como locação.
O ator se impressionou com a coincidência. “Fiquei arrepiado! Perguntei pra Cris se tinha sido de propósito. E Cazuza significa vespa, né? Na hora tinha um marimbondo bem em cima da assinatura dele”, lembrou o intérprete, que diz ter medo de fantasmas.
Na trama, Daniel herda da avó, vivida por Susana Vieira, dons mediúnicos, e precisa ajudar Paula (Gloria Pires) a cumprir sua missão depois de desencarnar. A dermatologista inventa um remédio que promete acabar com a celulite, mas que causa sua morte, e, do além, tenta impedir que a droga faça novas vítimas.
Outra situação curiosa no cemitério foi uma confusão envolvendo uma “falsa” figurante. “Tinha uma senhora, que era mãe de santo, passando. E alguém da produção achou que era a personagem da Susana, que também é mãe de santo. Foi hilário”, contou Gloria.
Durante as filmagens, que duraram quatro semanas no total, o clima no local acabou se tornando descontraído.
“A gente esquecia que estava lá. Mas tudo era sempre com muito respeito. Ninguém parou de enterrar suas famílias, havia pessoas sofrendo. Apesar disso, foi um set divertido”, afirmou a diretora.