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Rodrigo Sant’Anna sobre nova série: “Ser suburbano é o que faço melhor”

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Qualquer semelhança de “Os Suburbanos” com a realidade não será mera coincidência. A série estrelada por Rodrigo Sant’Anna, que estreia nesta segunda-feira (6), às 22h, no Multishow, está tão entrelaçada com a vida do ator que ele se emociona ao falar sobre o que chama de seu projeto de vida.

“Esse é o humor que eu acredito, é uma homenagem às minhas pessoas. São personagens reais, que esperam pelo ônibus, que sofrem com esgoto aberto durante meses, que procuram um hospital público e não têm atendimento. Carreguei minha bisa no colo pra tentar uma vaga no Salgado Filho, no Méier”, diz, com a voz embargada.

Nascido no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e criado em Quintino, no Rio, o intérprete de 34 anos já havia criado um universo parecido no teatro, na peça de mesmo nome. Com a série de 20 episódios – exibida às segundas, quartas, quintas e sextas -, ele amplia o alcance do discurso.

“Posso até fazer um rico hoje em dia, porque eu sou ator. E vou fazer com qualidade. Mas essa é minha maior experiência de vida. Antes de interpretar eu sei ser suburbano. É o que eu sei fazer melhor. Depois, posso me provar e querer fazer Shakespeare”, afirma.

Na trama, o motorista de kombi Jeferson de Souza (Sant’Anna) vê sua vida mudar graças a um clipe caseiro que estoura na internet. Com o sucesso de “Xavasca Guerreira”, gravado com a ajuda de seu primo – e agora empresário – Welinto (Babu Santana), ele ganha a alcunha de Jefinho do Pagode e o status de celebridade em Madureira.

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Elenco se sentiu em casa no subúrbio

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As gravações da atração, dirigida por Luciano Sabino, movimentaram os arredores do bairro carioca durante quase dois meses – o famoso mercadão popular e o Parque Madureira foram alguns dos cenários da produção.

“Foi muita ralação, não tinha vida social. Só me lembro de trabalhar assim na época que fazia telemarketing”, brinca o intérprete, que sentiu dificuldade mesmo de ficar tanto tempo com os cabelos loiros para o personagem.

Apesar do ritmo puxado, o elenco se sentiu em casa. É o que garante Solange Couto, que interpreta Mãe Má, a mãe interesseira de Jefinho, que volta a procurá-lo depois da fama.

“Foi muito engraçado. Você chegava sete e meia da manhã e estavam te esperando com cerveja gelada, coxinha quentinha, bolinho de aipim. Como as locações eram em residências, as pessoas entram no clima, dão tapa no braço, se bobear dão tapa na bunda! Sou do subúrbio, lá tem muito isso. É difícil ver o pessoal murcho, até em enterro tem alegria. Alguém sempre diz: ‘Vamos ali beber, o cara era gente boa pra caramba, não vamos ficar chorando não'”, conta a atriz, nascida em Engenho de Dentro e criada em Benfica e Bonsucesso.

O cearense Tadeu Mello, que vive China, dono de uma barraca de pastel no mercadão, também gostou de reviver os tempos em que morou no Engenho Novo. “É outro clima. Hoje em dia moro em apartamento e mal sei o nome dos meus vizinhos. As pessoas se identificavam, a produção precisava até ter um jogo de cintura pra não interromper as gravações, já que tínhamos muitas cenas e todo mundo queria falar com a gente”, lembra.

Nando Cunha, que passou a infância em Cavalcante e a adolescência na Penha, frequentando as rodas de samba do Cacique de Ramos, lembra que a cervejinha no fim do dia e a boa vontade dos moradores compensavam o calor que a equipe passou durante as gravações. “Claro que o programa é pra todo mundo, mas a gente fez mais pra eles do que pros outros. Foi um barato. Tratavam a gente tão bem que só faltavam entregar a casa pra gente. Na Zona Sul não ia ter essa receptividade”, diz o ator, que vive na série a mãe de santo Dinda.
Rodrigo Sant’Anna também foi tratado com mordomia, o que não o impedia de puxar a orelha do público quando necessário. “Tinha hora que eu pedia: ‘Para de gritar, pelo amor de Deus, qua a gente vai gravar’. Comigo não tem tempo ruim, a gente fala a mesma língua. As pessoas me davam café, ganhei três bolos num dia! Não é de se emocionar?”, conta.

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