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Televisão

Mariana Godoy escolhe convidados por gosto pessoal e foge de polêmicas

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Bastam alguns minutos de conversa com Mariana Godoy para perceber que, em seu vocabulário atual, feliz talvez seja a palavra mais frequente. Já o termo polêmica não encontra muito espaço no discurso da apresentadora da RedeTV!, que não quer saber de dor de cabeça quando está conduzindo uma entrevista – ou está sendo conduzida por ela. Escolada, faz questão de evitar qualquer má interpretação de suas declarações sobre a Globo, sua antiga emissora, e sobre seus convidados, a maioria políticos.

Nem mesmo nomes mais controversos como o do presidente da Câmara Eduardo Cunha foram capazes de suscitar comentários negativos sobre o “Mariana Godoy Entrevista”, que estreou dia 8 de maio, ela garante. Não que ela busque por eles, que fique claro. Mas todas as críticas que leu até então foram construtivas.

“Se as pessoas não gostam do perfil do entrevistado não faz diferença pra mim ou pro programa. Perto da minha saída, o Pedro Bial me disse: ‘As pessoas assistem televisão pra odiar’. Disse: ‘Oba, tomara que me odeiem!’. Mas não tem sido esse o caso. Não recebi nenhuma crítica muito pesada. Ali é uma conversa, não é uma inquisição, não tenho que ser agressiva, acuar o entrevistado. Se a pessoa quiser me contar algo interessante, obrigada. Se não, vamos pra música”, afirma a jornalista de 46 anos.

Além de Cunha, já passaram pelo programa a senadora Marta Suplicy e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, entre outros. Mas o público pode esperar ainda mais políticos, já que esse perfil de entrevistados não é mera coincidência. “Vejo que algumas pessoas reclamam, mas assistem. Quero entrevistar a presidente Dilma, o Aécio Neves, estou combinando uma data para o Fernando Henrique. Não é uma obrigação, é só porque eu gosto de política e porque minha agenda está cheia desses nomes, então estou aproveitando (risos)”, conta a apresentadora, que também pretende intercalar atrações de outras áreas, como o cartunista Maurício de Sousa e o cantor Lobão, convidados desta sexta (26).

Acostumada a apresentar telejornais ao vivo, Mariana diz não ter interesse em televisão gravada. E não sente falta da edição como uma ferramenta para deixar o programa mais dinâmico. “Se caiu no palco, levanta. Se começar a ficar chato, tenta mais um pouquinho ou encerra a conversa. Se o entrevistado começa a fazer discurso, tento dar uma cortada com jeitinho. Ou chamo a atenção: olha, perguntei de creche, agora ele está falando de plano de saúde. Mas sem cortar, sem ser indelicada”, diz.

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Se o presunto não for bom, nem por todo o dinheiro do mundo! Nem pensei nisso, mas acho que vou falar com o Washington Olivetto. Sobre as chances de fazer comerciais, agora que migrou do jornalismo para o entretenimento

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Mariana Godoy escolhe convidados por gosto pessoal e foge de polêmicas

Embora não tenha a pressão em relação à audiência, a jornalista diz que a repercussão das entrevistas significa mais do que números do ibope. “O retorno tem sido positivo, todos estão superfelizes. Credibilidade conta bastante, e nossas entrevistas têm virado matéria na Bloomberg, no Valor Econômico, no Estadão, na Folha. Estamos levando o nome da RedeTV! para veículos bacanas”, conta.

Em busca de liberdade

Quando deixou a GloboNews, em outubro do ano passado, Mariana argumentou que a decisão havia sido por questões pessoais, já que não pretendia mais manter o casamento de 11 anos com o ex-padre e apresentador da Rede Vida Dalcides Biscalquin na ponte aérea, como nos últimos três anos. Nesse quesito, a vida melhorou muito. “Jantar com meu marido em casa não tem preço. A gente só se via nos finais de semanas, foram três anos na ponte aérea. Trabalhar na GloboNews foi maravilhoso, eu me diverti muito e fiz coberturas bem legais. Mas não dá pra morar em outro estado. O casamento agradece”, analisa.

Com o retorno a São Paulo, no entanto, a jornalista teve que aprender a lidar com outro relacionamento à distância: o filho, Heitor, 18, resolveu continuar no Rio. Aprovado no vestibular para Engenharia na UFRJ, ele hoje mora sozinho em Copacabana. “Ele está se virando bem, com pouca grana, andando de ônibus, comendo no bandejão, fazendo a própria comida. Mas faço uma visita uma vez por mês”, conta.

Outra palavra que Mariana usa com frequência ao se referir à sua nova fase profissional é liberdade. No entanto, ela faz questão de não polemizar sobre o assunto, ainda mais quando o termo vem diretamente associada à sua saída da Globo. Ela sabe que declarações do tipo repercutem – como quando disse que as perguntas feitas pelos apresentadores do “Jornal Nacional” aos candidatos à presidência eram feitas por Ali Kamel, diretor de jornalismo da emissora. “Disse que eles se preocupam com a isonomia, se pegam pesado com um, pegam com todos. E que essas decisões não são exclusivas de quem está na bancada. Vocês gostam de causar”, brinca ela, que em seguida se dá conta de que não está se referindo aos jornalistas em primeira pessoa e acha engraçado se ver “do outro lado”.

Insatisfação não foi o real motivo de sua saída após 23 anos na antiga casa, diz. “Nunca sofri censura, nunca fui proibida de perguntar nada. A TV Globo é patrimônio dos brasileiros, tem uma participação incrível na vida das pessoas, gostem os haters ou não. Se a GloboNews tivesse feito o investimento em São Paulo, como era previsto, talvez eu estivesse lá até hoje, sem saber que adoraria fazer o que estou fazendo agora. O convite para o talk show foi uma surpresa, a melhor coisa que me aconteceu. Que bom que não sou medrosa”, avalia.

A decisão de se arriscar em uma nova área teve, inclusive, o apoio de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-diretor geral da emissora. Mas será que agora, depois de ter migrado para o entretenimento, como Patrícia Poeta e Fátima Bernardes, ela aceitaria emprestar suas imagens para comerciais, como as colegas? “Depende do produto. Se eu usar e gostar, tudo bem. Se o presunto não for bom, nem por todo o dinheiro do mundo! Nem pensei nisso, mas acho que vou falar com o Washington Olivetto”, brinca.

Outra figura que deixou a Globo depois de anos de casa foi Xuxa, que também ganhou um talk show para chamar de seu na Record. Seria ela uma concorrente? “O programa dela é no mesmo dia? Então não. Vou lá se ela me convidar, quem não gosta da Xuxa? Ela tem carisma, desejo que faça muito sucesso. Se ela tiver metade da satisfação que eu tenho aqui, já vai estar muito feliz”, afirma.

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