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Agnews e Divulgação/popzone
Fernanda Gentil, Chris Flores e Fernanda Rodrigues mesclaram a maternidade e suas carreiras
A maternidade muda a vida de qualquer mulher – e assim como muitas anônimas fazem todos os dias, as famosas também precisam readaptar suas vidas, inclusive no âmbito profissional. Mas além de conciliar os horários da nova rotina, algumas artistas optaram por incluir a maternidade diretamente em suas carreiras, com programas e livros sobre o tema. A última delas a fazer isso é a jornalista Fernanda Gentil: grávida, ela ganhou no “Esporte Espetacular” o quadro “Mamãe Gentil”, no qual dá dicas de exercícios e alimentação para as futuras mamães.
A ideia do quadro surgiu logo que Gentil comunicou a direção do programa sobre a gestação. E a nova atividade tem ajudado a jornalista a se manter saudável e ativa durante essa fase da vida. Adepta de exercícios e de uma vida saudável, ela se liberou um pouco quando descobriu a gravidez, mas retornou à rotina com o quadro.
“Tem me ajudado muito”, contou a apresentadora ao UOL. “Principalmente a ter disposição para dar conta de tudo o que tenho que fazer. Com os exercícios e alimentação saudável, sinto que rendo muito mais no trabalho e fora dele também. Se não tivesse o quadro, certamente não iria praticar nenhum tipo de exercício e continuaria comendo no ritmo que eu estava (frenético, risos), porque tinha uma ideia de realmente ‘me dar férias’ em relação a tudo isso quando ficasse grávida. Mas com certeza não seria nada bom pra mim e nem para o meu filho”.
O retorno do público à nova empreitada, que começou a ser exibida em março, foi positivo, segundo Fernanda. “Tenho recebido muito carinho não só de mulheres grávidas, mas dos pais também. A maternidade envolve a família como um todo, né? E nosso objetivo é alcançar exatamente todas essas pessoas que são "tocadas" pela notícia da chegada de um bebê”, disse a jornalista, que irá cobrir as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro e não descarta investir em outro projeto ligado à maternidade no futuro: “Se me sair bem nessa missão como mãe do Gabriel, quem sabe?”
Fernanda Rodrigues com a filha, Luisa
Fernanda Rodrigues e Chris Flores investiram na área
Antes de Fernanda Gentil, outras famosas já haviam investido nos trabalhos relacionados à maternidade. Fernanda Rodrigues mantém o blog Cheguei ao Mundo, criado em parceria com duas amigas, e apresenta no GNT desde março o programa “Fazendo a Festa”, sobre festas infantis – além de estar em cartaz com a peça “Tô Grávida”, na qual atua ao lado de Paulinho Vilhena.
O blog teve início quando a atriz ficou grávida da filha Luísa, 5, e não conseguia encontrar muitas informações sobre a gestação na internet. “Eu resolvi escrever as minhas experiências, as coisas que eu ouvia, as coisas que davam certo, as coisas que não davam. E aí comecei a fazer o blog. Quando ela nasceu, eu botei ele no ar. Ele é quase um segundo filho pra mim. Cuido dele, escrevo sempre”, contou a atriz, que hoje conta com o auxílio de profissionais como pediatras e nutricionistas para escrever alguns dos posts.
O trabalho no “Fazendo a Festa” veio como consequência desse trabalho, acredita Fernanda. “O programa chegou a mim acho que por conta dessa identidade, de eu ser mãe, de falar sobre o assunto, ter um blog. Acho que isso fez com que eles me procurassem. Também foi coincidência a peça ‘Tô Grávida’. São as coisas que a vida vai fazendo, vão levando a gente”.
Mãe de Gabriel, 9, a apresentadora Chris Flores escreveu o livro “Um Bebê em Casa” e lançou seu site depois que teve seu filho e percebeu que faltavam informações sobre as próprias mães. “O filho é o foco, mas sem esquecer que a mãe também deve ser. A mulher não pode ser deixada de lado e se anular. Adoro o tema porque sei que quando o filho está bem cuidado, a mãe fica realizada, troca experiências e se sente mais plena e feliz. Ela é o pilar da família e precisa se amar também. Por isso, sempre abordo temas como fitness, beleza, cuidados com a casa, carreira e tudo o que interesse à mulher”.
Chris flores com o filho, Gabriel
Por conta da coluna que escreve na revista “Cláudia Filhos”, e de seu trabalho no “Hoje em Dia”, programa no qual ficou por seis anos, Chris entrou em contato com várias histórias que a comoveram. “Algumas me marcaram demais. Entre elas, a da Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabela, morta pelo pai e pela madrasta. Pude entrevistá-la e conhecê-la atrás das câmeras. É uma mulher muito especial. Sua dor nunca vai sair da minha memória. Sua força também não. Não existe dor maior na vida do que perder um filho. Também admiro demais mulheres que adotam seus filhos. Conheci uma que tinha adotado crianças com Down, paralisia cerebral e portadoras de HIV. Parir é o mais fácil da maternidade, ser mãe compreende algo muito maior: amor”.
Desafio de conciliar carreira e maternidade
No que se refere aos desafios de conciliar carreira e os cuidados com os filhos, Fernanda Rodrigues e Chris Flores tiveram experiências diferentes. A atriz pôde ficar um ano e meio sem trabalhar antes de voltar à TV no remake de “O Astro”, no qual interpretou Jose. “Eu tive a sorte de poder parar um tempo quando tive a Luísa, fiquei um ano e meio sem trabalhar. É um privilégio, nem todas as mulheres podem, então ainda bem que a minha carreira me permitiu isso. Depois que ela tinha um ano e meio, já comia comidinha, já tinha a escolinha, já fazia as coisinhas dela, aí que fiz ‘O Astro’. Tive a oportunidade de viver bastante a maternidade antes de trabalhar”.
Já Chris emendou uma licença maternidade com dois meses de férias, período após o qual ela colocou Gabriel em uma escola. “Optei por não ter babá e colocá-lo numa escola. Para mim, foi o ideal. Sabia que ele estava sendo bem cuidado por profissionais qualificados. É uma dor muito grande deixar seu bebê com quem quer que seja e sair para trabalhar, mas é uma necessidade financeira e psicológica para muitas mulheres, como foi para mim. A criança cresce nos admirando e sabendo da importância de batalhar para fazer suas conquistas, isso é muito positivo”, contou a jornalista, que criticou o tempo de licença-maternidade previsto na lei brasileira: “Se é consenso, inclusive do Ministério da Saúde, que seis meses é o tempo mínimo que um bebê precisa do leite materno, por que só quatro meses então?”