- Divulgação/Montagem Popzone
Para atores e criadores, séries como “Sense8”, “Orange Is The New Black” e “Narcos” revolucionam ao retratar personagens de diferentes origens e orientação sexual
Não foi apenas na forma de assistir a séries e filmes que o Netflix, serviço de vídeos on demand, revolucionou o mercado do entretenimento. Para estrelas de títulos originais como “Orange Is The New Black” e “Sense 8”, o sucesso da marca está no retrato que suas séries fazem da diversidade humana, dando visibilidade a protagonistas de diferentes origens, identidade de gênero e orientação sexual.
“Acho que ‘Orange Is The New Black’ faz sucesso exatamente por causa disso [diversidade]. Não apenas em termos de cores e etnias – como brancas, negras, latinas –, mas também lésbicas, transgêneros. É bom fazer parte da história. E, pela primeira vez, as mulheres estão sendo retratadas de uma maneira diferente”, opinou a atriz Selenis Leyva, que interpreta a presidiária Gloria, durante um evento do Netflix em Los Angeles, na Califórnia (EUA).
“Curiosamente, ‘Sense 8’ também é da Netflix e eu acho que eles têm sido pioneiros no que diz respeito à representação do mundo como ele é na tela. Outras produtoras e canais têm tentado fazer isso e, ao longo dos anos, temos ouvido essa palavra ‘diversidade’ o tempo todo. Mas, em geral, os programas apresentam apenas um personagem diverso”, completou.
Divulgação Pela primeira vez, as mulheres estão sendo retratadas de uma maneira diferente Selenis Leyva, atriz de “Orange Is The New Black”
Leyva é uma atriz de origem cubana e dominicana e, segundo ela, “afro-latina”. Ela falou sobre o assunto ao lado da colega de elenco Natasha Lyonne, a Nicki da mesma série que conta a história de uma mulher branca de classe média alta que vai parar em uma prisão feminina. Curiosamente nas duas últimas temporadas, o papel da protagonista Piper tem diminuído conforme as histórias das outras personagens têm aumentado.
EFE/Tal Cohen Eu sempre ouvi nos festivais da América Latina em que fui o seguinte: ‘Vamos integrar a América Latina. Vamos fazer um produto que tenha atores brasileiros, argentinos, peruanos, mexicanos e chilenos’ José Padilha, diretor da série “Narcos”
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E o diretor brasileiro José Padilha, de “Tropa de Elite” e “Ônibus 174”, que também esteve no evento para divulgar a inédita “Narcos”, que narra a história do traficante Pablo Escobar, vivido na série por Wagner Moura, também aponta aspectos revolucionários de seu novo programa, que foi gravado em inglês e espanhol: “Eu sempre ouvi nos festivais da América Latina em que fui o seguinte: ‘Vamos integrar a América Latina. Vamos fazer um produto que tenha atores brasileiros, argentinos, peruanos, mexicanos e chilenos’. Quem fez isso foi o Netflix”.