Na história da TV, são poucas as séries que conseguem equilibrar expectativa versus realidade como “The Walking Dead” fez neste domingo (23). Ao retornar para sua sétima temporada, a atração não só cumpriu a promessa de dilacerar um personagem querido de sua trama, como fez isso em dose dupla. E ainda aproveitou para apresentar o vilão que tem tudo para ser o mais tenebroso de sua mitologia.
Já esperada pelos fãs, a morte de Glenn (Steven Yeun), personagem que também morreu nos quadrinhos em que “The Waliking Dead” é inspirada”, não chegou a ser surpreendente. O que fez muita gente perder o fôlego foi o modo como Negan (Jeffrey Dean Morgan) conduziu sua primeira carnificina. Não foi só uma questão de desferir golpes de Lucille, o taco de beiseball carinhosamente chamado de “minha menina”, mas também do tom macabro que o vilão trouxe para história. “Seu olho até pulou para fora”, disse ele, enquanto destruía o cérebro de Glenn sob a agonia de Maggie, a namorada grávida do personagem.
Menos sentida, a morte de Abraham (Michael Cudlitz) cumpriu seu papel: mostrar que Negan veio para acabar com até o mais macho alfa dos sobreviventes. Nesse sentido, foi interessante ver a impermeabilidade do vilão ao ouvir um “Chupa meu pau” de sua vítima com a cabeça recém-atacada. Ali soubemos que Negan não é qualquer vilão. Em suas próprias palavras: “Bem vindos a um novo começo, seus desgraçados”.