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Opinião

É oficial: a Playboy vai acabar!

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Saiu hoje um comunicado da Editora Abril que oficializa uma conversa que já estava em pauta há tempos: o fim da edição brasileira da revista Playboy. Após 40 anos em circulação a revista vai ter sua última edição publicada agora em dezembro. Faz anos que a Playboy está moribunda. Estampa em sua capa moças que não têm qualquer expressão no cenário artístico nacional. Muito diferente dos anos dourados da revista. Na década de 80 sair na Playboy era sinônimo de status. Pra se ter uma ideia várias protagonistas estamparam sua nudez na publicação. Betty Faria, Denise Dumont, Claudia Ohana, Claudia Raia, Yoná Magalhães, Maria Zilda, Lucinha Lins, Luma de Oliveira, Luiza Brunet, Xuxa e várias outras estrelas passaram por lá nessa fase. Maitê Proença, logo após explodir em Dona Beija, bateu todos os recordes de venda em fevereiro de 1987.

Os anos 90 também tiveram suas estrelas de TV, mas o foco começou a mudar. Celebridades instantâneas passaram a surgir com mais frequência e as musas do rebolado bombaram nas bancas. Entre as musas da TV foi a época de Marisa Orth, Cissa Guimarães, Maria Padilha, novamente Maitê Proença e Deborah Secco. As celebridades instantâneas foram representadas por Adriane Galisteu (que bateu recorde de vendas em agosto/1995) e outras capas que desapareceram. As estrelas do rebolado são Carla Perez, Scheila Carvalho, Sheila Mello, a Tiazinha Suzana Alves e a Feiticeira Joana Prado (recorde eterno). Foi em janeiro de 1998 que tive minha primeira entrevista publicada em Playboy. Um papo divertido com a Casseta Maria Paula. Fiquei tão feliz e orgulhoso na época. Era um feito ter uma entrevista publicada lá. As dicas, os toques que recebi na redação de Playboy uso até hoje no meu trabalho. A equipe era composta, em sua maioria, por gente muito competente.

Os anos 2000 chegaram por cima da carne seca, com a revista vendendo como nunca. De maneira anacrônica as celebridades de verdade começaram a desaparecer de vez da publicação. Estrelas de TV se tornaram cada vez mais raras. Marcantes foram as edições de Alessandra Negrini, a volta de Deborah Secco, a nudez de Flávia Alessandra em duas edições e a então BBB Grazi, hoje atriz em ascensão, na edição de 30 anos, em 2005. Foi nessa fase, aliás, que as BBBs e panicats dominaram a cena. E desagradaram, muito, os fãs de outros tempos da revista. A internet avançou e a revista começou a perder assinantes e anunciantes.

Os anos 10 marcam a derrocada da Playboy. Capa de grande peso apenas a de Cleo Pires, em agosto de 2010. Poucas edições dignas de nota. Fuga de leitores pra internet. Capas cada vez mais desinteressantes. O fim mesmo antes do fim. De qualquer forma agradeço muito a Playboy pelos seus 40 anos de vida aqui no Brasil. E tenho orgulho de ter feito parte dessa história, com entrevistas publicadas em algumas edições. Publico aqui a capa de Christiane Torloni, de novembro/1984.

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