O diretor Vinicius Coimbra lançou seu novo trabalho ” A Floresta que se move” durante o Festival do Rio, em exibição para o público neste domingo (11). Em debate realizado com o público após a exibição no Cine Odeon, o diretor destacou seu filme como uma peça na tentativa de fazer um filme para que o público goste e se envolva.
“Discordo da polarização entre arte e popularidade. Arte se perpetua porque é popular. Quero mostrar que é possível ter uma obra dramática que se comunica com o público. Brasileiro gosta de comédia, temos um longo prazo para mostrar que podemos fazer um drama que se comunica com o público”, afirmou.
O filme marca o retorno da atriz Ana Paula Arósio às telas, depois de um longo período reclusa no interior de são Paulo e depois na Inglaterra. Sobre os motivos que a levaram a aceitar o convite, ela credita ao diretor.
“Tinha um personagem incrível e tinha o Vinicius Coimbra à frente. Vi o filme anterior dele (“A Hora e a Vez de Augusto Matraga”) e gostei do trabalho. Não tinha como dizer não. A energia foi importante como atriz e pessoa. Este trabalho resgatou o meu carinho pela profissão”, declarou.
GRAÇA PAES / PHOTO RIO NEWS
11.out.2015 – Gabriel Braga Nunes, Ana Paula Arósio, o diretor Vinícius Coimbra e Nelson Xavier na exibição de “A Floresta que se Move” no Festival do Rio
Na trama, Ana Paula é casada com Elias (Gabriel Braga Nunes), executivo bem-sucedido que trabalha em um dos maiores bancos privados do Brasil. Ele teve todas as oportunidades de sua vida profissional dadas por Heitor (Nelson Xavier), presidente do banco.
Na volta de uma viagem de negócios, chegando ao banco, Elias se depara com uma bordadeira misteriosa (Juliana Carneiro da Cunha), que lhe cumprimenta pelo nome e diz que ele se tornará vice-presidente ainda naquele dia e presidente do banco no dia seguinte. Muito impressionado, Elias conta a história à Clara (Ana Paula Arosio), sua linda e poderosa esposa. Clara, instigada pelas previsões, sugere que seu marido convide Heitor para jantar em casa naquela noite.
Ao ser convidado para participar da produção o ator Fernando Alves Pinto (que vive o filho de Heitor) desconfiou do uso da peça de Shakespeare na íntegra, em português. “Não achava que ia ser bom, adaptações de Shakespeare não dão certo. Mas acreditei quando vi o roteiro, enxuto com as palavras mantidas”, disse.
A produtora Elisa Tolomelli destacou a dificuldade em conseguir fundos para fazer o filme, e lançou mão de coproduções estrangeiras com Uruguai e Alemanha. “Cada centavo usado está na tela. É emocionante ver o filme pronto, sem desperdício”, completou ela sobre o longa, que tem estreia prevista para 5 de novembro de 2015.