O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura, nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, logo após reunião da Comissão Especial de Seleção.
No filme, Regina Casé vive Val, uma empregada doméstica que mora com seus patrões. Sua condição e seus direitos começam a ser questionados pela filha Jéssica (Camila Mardila), que deixa o nordeste e vai morar com a mãe em São Paulo para poder prestar vestibular.
Bastante elogiado, inclusive pela imprensa estrangeira, “Que Horas Ela Volta?” chegou a ser cotado pela site “Indiewire”, um dos mais respeitados de Hollywood, como forte candidato à uma indicação na categoria. Outras apostas são o francês “Dheepan”, o mexicano “Gueros”, o turco “Mustang” e o húngaro “Son of Saul”.
Em sua carreira no exterior, “Que Horas Ela Volta?” já levou prêmios de atuação no Festival de Sundance, da crítica e do público na mostra Panorama do Festival de Berlim, e de melhor filme em Amsterdã, entre outros.
Nos últimos anos, os representantes brasileiros foram “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro (2015); “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho (2014); “O Palhaço”, de Selton Mello (2013); “Tropa de Elite 2: o Inimigo agora É Outro”, de José Padilha (2012); “Lula, o Filho do Brasil”, de Fábio Barreto (2011); e “Salve Geral”, de Sérgio Rezende (2010).
O último filme brasileiro a conseguir uma indicação ao Oscar de filme estrangeiro foi “Central do Brasil”, na edição de 1999, que também teve Fernanda Montenegro concorrendo na categoria de melhor atriz.
A lista de indicados ao Oscar 2016 será conhecida em 14 de janeiro. Antes, em dezembro, a Academia já divulga os finalistas de algumas categorias, incluindo a de filme estrangeiro.
- “O Sal da Terra”, de Juliano Ribeiro Salgado e Wim Wenders
2015: melhor documentário
- “Rio”, de Carlos Saldanha
2012: melhor canção original (Sérgio Mendes, Carlinhos Brown, Siedah Garrett)
- “Aventura Perdida de Scrat”, de Carlos Saldanha
2004: melhor curta-metragem de animação
- “Uma História de Futebol”, de Paulo Machline
2001: melhor curta-metragem de ficção
- “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles e Kátia Lund
2004: melhor direção, roteiro adaptado, fotografia e edição
- “Central do Brasil”, de Walter Salles
1999: melhor atriz e filme estrangeiro
- “Lixo Extraordinário”, de Lucy Walker, Karen Harley e João Jardim
2011: melhor documentário
- “O que É Isso Companheiro?”, de Bruno Barreto
1998: melhor filme estrangeiro
- “O Quatrilho”, de Fábio Barreto
1996: melhor filme estrangeiro
- “O Beijo da Mulher-Aranha”, de Hecto Babenco
1986: melhor ator (William Hurt, premiado), filme, direção e roteiro adaptado
- “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte
1963: melhor filme estrangeiro
- “Brasil”, de Joseph Santley
1945: melhor registro de som, trilha sonora e canção original (Ary Barroso e Ned Washington)