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Televisão

Na TV há 50 anos, diretor de palco lembra briga de Elis e doação de Faustão

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 Com o sonho de ser jogador de futebol, Cláudio Lopes, 70 anos, conhecido como Geleia, passou por diversos times de base até cruzar com os atores Stênio Garcia e Francisco Cuoco, que em 1964 tinham um time de futebol e costumavam “contratar” o atacante para as peladas da TV Excelsior. Graças a eles, o paulistano do bairro da Bela Vista conseguiu encontrar a fama que buscava, só que nos bastidores da televisão brasileira.

Com 50 anos de carreira, o diretor de palco, que mesmo aposentado continua exercendo a profissão nos bastidores dos programas “Hora do Faro”, “Programa da Sabrina” e “Domingo Show”, da Record, relembra em entrevista ao Popzone, o temperamento difícil de Chacrinha, os atrasos de Tim Maia por conta das boemias, as brigas de Elis Regina com o marido César Mariano e os gestos carinhosos de Faustão.

“Sempre gostei muito do Faustão, quando ele saiu da Band, quis me levar para Globo, mas fiquei com medo de ir para o Rio de Janeiro. Ele é meu padrinho. Não tenho vergonha de falar que ele me levava ao shopping e comprava várias roupas para mim. Às vezes me levava na casa dele e falava: ‘abre aí o guarda-roupa, tem coisa que não uso, escolhe o que você quer’. Ele era gordo, mas eu pegava mesmo assim e ia no alfaiate para arrumar. Já ganhei até caneta de ouro dele”, contou Geleia, que teve o apelido dos campos divulgado pelo apresentador nos bastidores.

Na TV há 50 anos, diretor de palco lembra briga de Elis e doação de Faustão Junior Lago/Popzone “Tinha que saber chegar no ‘velho’, o nome Chacrinha era muito forte na época. Tinha que ter muito jogo de cintura, tudo era ao vivo. Ele tinha mania de jogar bacalhau, farinha e um dia acertou o peixe no olho de uma menina. Tive que levar a mulher para o camarim, depois ele pagou médico e tal” diretor de palco Geleia, 70 anos

Na TV há 50 anos, diretor de palco lembra briga de Elis e doação de Faustão

“Uma vez caí em um jogo e falaram que foi igual geleia, o Faustão ficou sabendo e aí todo mundo passou a me chamar assim, nem os que sabem meu nome me chamam de Claudio”. Com passagens pelas maiores emissoras de televisão do Brasil – Excelsior, TV Cultura, Bandeirantes, SBT, Tupi e Record –, o diretor conta que para amansar Chacrinha era preciso contar com a ajuda de Leleco Barbosa, um dos filhos do “Velho Guerreiro”, além, é claro, de um bom jogo de cintura.

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“Tinha que saber chegar no ‘velho’, o nome Chacrinha era muito forte na época. Tinha que ter muito jogo de cintura, tudo era ao vivo. Ele tinha mania de jogar bacalhau, farinha e um dia acertou o peixe no olho de uma menina. Tive que levar a mulher para o camarim, depois ele pagou médico e tal. Uma vez a Receita Federal foi atrás dele, ele estava no ar, tivemos que fazer os homens esperarem o programa acabar”, disse.

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O diretor recorda ainda que Tim Maia não gostava do Faustão, mas aceitava participar do “Perdidos na Noite”, na Band, por conta da repercussão do programa e da amizade que mantinha com Lucimara Parisi, diretora da atração.

“O Tim Maia não era mole, tinha que saber chegar nele. Uma vez fui chamá-lo no camarim, chego lá ele está com um ‘charuto’ (baseado) gigante, de samba-canção e com duas mulheres do lado. Ele disse: ‘Oh, Geleia não vai quebrar meu barato’. Respondi: ‘Mas a banda está tocando já faz quase cinco minutos’. Tem coisas que não são fáceis”, disse aos risos.

Nas recordações, ainda aparecem Elis Regina e seu temperamento explosivo. “Ela gostava muito de beber. Um dia ela cismou que queria conhaque, mas era um domingo e não achávamos a tal da bebida, não tinha shopping como agora. Só tinha um boteco aberto, aí compramos o que tinha. Ela tomava aquela bebida ruim e quebrava o pau com o Cesar Mariano. Uns paus feios”.

Velho e novo

Junior Lago/Popzone

Na TV há 50 anos, diretor de palco lembra briga de Elis e doação de Faustão

Com 50 anos na televisão brasileira, Cláudio Lopes, 70 anos, conhecido como Geleia, mostra foto nos bastidores com Hebe Camargo com quem trabalhou durante alguns anos e costuma se referir como “querida”

Na TV há 50 anos, diretor de palco lembra briga de Elis e doação de Faustão

Filho de um caminhoneiro e de uma dona de casa, Geleia orgulha-se ao falar que trabalhou com “os grandes nomes da televisão brasileira”.  “Fiquei sete anos na Excelsior, os grandes talentos da Globo começaram lá. Foi lá que aprendi a fazer TV. Vi a Regina Duarte começando, trabalhei com Gloria Menezes e Tarcísio Meira, com o Walter Avancicini [diretor], o cabeça da época”. Ele também confessa que curtiu sua fase galã. “Tive algumas coisas passageiras, alguns outros casinhos com atrizes”, diz sem citar nomes.

Medo de ser demitido com os novos tempos? Sua interação com os mais novos nos bastidores da Record mostra que não. “Já sou aposentado, trabalho aqui porque está no sangue, minha vida é dentro da TV. São 50 anos de TV já”, conclui ele que aos sábados, quando folga, gosta de acompanhar a programação esportiva e ficar em sua casa própria em São Caetano.

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